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China: economia deve abrandar devido às exportações e fraca confiança interna

A Crédito y Caución aponta para que o crescimento económico da China fique nos 4,4% em 2025, o que representa um abrandamento. A economia vai sofrer com o menor crescimento das exportações e aos problemas estruturais que o país tem vivido juntamente com uma fraca confiança interna.
China
29 Janeiro 2025, 11h51

A China deverá ter um abrandamento no seu crescimento económico durante este ano, sendo perspetivado que fique nos 4,4% em 2025 e em 4,1% em 2026, de acordo com as perspetivas económicas divulgadas pela Crédito y Caución.

Este abrandamento deve-se, maioritariamente, ao menor crescimento das exportações que os analistas preveem, e aos problemas estruturais que o país tem vivido juntamente com uma fraca confiança interna.

A seguradora aponta para um crescimento lento do consumo das famílias em 2025 e 2026, permanecendo uma confiança invulgarmente baixa dos consumidores. O país tem enfrentado um abrandamento no crescimento dos salários e uma incerteza no mercado laboral, que tem atrasado a poupança das famílias.

Já o investimento deve apresentar um crescimento moderado nos próximos anos, principalmente devido às restrições orçamentais que os governos locais e as empresas estatais enfrentam e pela quebra das receitas decorrentes das vendas de terrenos.

As exportações líquidas não devem contribuir de forma significativa para o crescimento nos próximos dois anos, sendo provável que o seu crescimento pare. Este abrandamento está relacionado com as tensões geopolíticas e com os esforços para gerir as dependências comerciais.

“O cenário de referência é que a nova administração dos EUA aplique gradualmente uma tarifa de 25% sobre os setores de máquinas, eletrónica e produtos químicos a partir de 2026”, refere a seguradora.

Perante este cenário, é esperado que o país asiático imponha uma tarifa retaliatória de 10% sobre o mesmo conjunto de importações dos Estados Unidos, sendo que esta medida poderá escalar para tarifas mais elevadas no caso de maior agressividade dos Estados Unidos. “Neste cenário, os Estados Unidos imporiam uma tarifa geral de 60% sobre as importações chinesas, enquanto a China retaliaria impondo uma tarifa de 40% sobre os produtos americanos”, salienta a Crédito y Caución.

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