O pico da procura por petróleo na China pode estar mais próximo do que se imaginava. À medida que nas estradas chinesas circulam cada vez mais carros elétricos, a economia que mais consome petróleo em todo o mundo é caso único no mundo.
“Não há outro país em desenvolvimento numa situação igual”, de acordo com uma análise do S&P Global. Os analistas indicam que, depois de ultrapassado, o ponto de inflexão demográfico em 2023 (população chinesa caiu 2 milhões em 2023), o equivalente para o consumo de petróleo deverá acontecer já em 2025, ou seja, cinco anos antes do previsto. Na sequência, será de esperar uma tendência para decréscimos.
“Com uma procura total por petróleo que triplica a da Índia, terceiro maior consumidor do mundo, a China é o único país em desenvolvimento importante que provavelmente verá a procura por gasolina e gasóleo estanca na atualidade ou num futuro muito próximo”, de acordo com Kang Wu, diretor global de investigação em procura de petróleo do S&P Global Commodity Insights.
A análise estima que a procura por petróleo deverá ascender a 770 milhões de toneladas no próximo ano civil, recuando posteriormente para menos de um terço (240 milhões) em 2060.
A transformação energética que está a ter lugar na segunda maior economia do mundo é impulsionada sobretudo pela maior aposta nos automóveis movidos a energias alternativas, como é o caso dos elétricos e híbridos. Outro fator de peso passa pela maior procura de gás natural liquefeito.
De resto, a procura por diesel atingiu o pico em 2019, ao passo que a gasolina chegou ao ponto mais alto, de acordo com Wu Mouyuan, vicepresidente do Instituto de investigação Económica e Tecnológica da China National Petroleum (CNPC).
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