A China vai proibir a exportação de dois metais considerados importantes para o fabrico de chips, numa medida que é vista como pressão às tensões comerciais no sector tecnológico que se vivem entre o país asiático e o mercado ocidental, revela o jornal “El Economista” esta terça-feira, 4 de julho.
Assim, a partir de 1 de agosto não vai ser possível exportar gálio e germânio metálico ou mais de uma dezena dos seus derivados sem pedir uma licença específica. O não cumprimento desta medida será considerado crime, anunciou o Ministério do Comércio chinês.
O jornal ‘China Daily’ considera esta decisão do ministério como “justa”, e acusa os Estados Unidos, principal adversário nestas tensões comerciais com o mercado ocidental, de terem os maiores depósitos de germânio do mundo mas “pouco os explorarem” porque a sua extração representa uma importante fonte de poluição ambiental.
No entanto, os Estados Unidos não são os únicos a merecerem críticas por parte da China. Os Países Baixos são outro mercado para o qual estas exportações vão ser proibidas. “São eles que colocam em risco as cadeias de suprimentos globais e não podem culpar a China, que está a defender as suas leis de interesses nacionais neste mundo de incertezas”, pode ler-se no ‘China Daily’.
Estas restrições são vistas como uma medida de pressão tendo em vista as negociações com Washington e outros governos ocidentais para que retirem as suas restrições à exportação de chips e equipamentos necessários para a fabricação na China, desses produtos, dos quais o país asiático ainda depende do exterior, apesar dos esforços para se tornar autossuficiente.
Mais de 95% da produção de gálio e 67% de germânio é realizada na China, o maior produtor mundial de ambos os metais.
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