Os Estados Unidos adicionaram novas empresas à ‘lista negra’, que pressupõe uma maior atenção por parte das entidades norte-americanas aquando dos negócios. A Tencent e a Contemporary Amperex Technology (CATL) foram duas das visadas e afundaram em bolsa, com a tecnológica a cair 6,79% e a CATL (fabricante de baterias para veículos elétricos) a perder 2,75%.
Esta lista, que o governo norte-americano apelidada de “empresas militares chinesas”, engloba empresas do ramo militar, comercial e tecnológico, e soma agora um total de 134 companhias. Esta inclusão poderá escalar as retaliações entre as duas maiores superpotências a nível mundial.
Além destas duas, o Departamento da Defesa acrescentou entidades como China Overseas Shipping, Changxin Memory Technologies (semicondutores) e a Autel Robotics (drones).
Um porta-voz da Tencent, criadora da rede social WeChat, já veio a público afirmar que a introdução da empresa na lista “é um erro”. “Não somos uma empresa militar ou fornecedor”, acrescentou a mesma porta-voz da empresa, admitindo que vai trabalhar com o Departamento da Defesa para resolver “o mal entendido”.
A CATL, por exemplo, está a licenciar tecnologia de baterias para a fabricante Ford, originária dos Estados Unidos, que se encontra a construir uma fábrica dedicada aos veículos elétricos no valor de 3,5 mil milhões de dólares. Esta companhia é também fornecedora da Tesla e da BMW.
A introdução destas empresas na lista não significa sanções ou restrições à sua atividade em território norte-americano, mas pode resultar em obstáculos aos seus negócios, como aconteceu com o fabricante de drones DJI, que foi adicionado à lista em 2022. A Xiaomi é, neste caso, uma exceção à regra, uma vez que foi adicionada em 2021 e retirado uns meses depois.
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