Existem cinco formas de diversificar uma empresa: a) entrar numa nova atividade da cadeia de valor da indústria; b) entrar numa nova indústria; c) entrar numa nova categoria de produto/serviço; d) entrar num novo produto/serviço complementar; e d) entrar numa nova geografia.
Em todas estas formas de diversificação, a empresa expande o seu âmbito de atuação na expectativa de aumentar o volume de negócios, melhorar as margens e reduzir o risco. Na prática, contudo, são necessárias novas competências organizacionais, economias gama e uma rápida curva de aprendizagem para que tal suceda.
A primeira forma de diversificação – entrar numa nova atividade da cadeia de valor da indústria – também conhecida por integração vertical, implica a substituição de fornecedores a montante, numa lógica de autossuficiência “make or buy” para não depender de terceiros ou “make to sell” para vender a terceiros. Neste último caso, a empresa aumenta o volume de negócios, mas põe em risco a sua reputação junto dos fornecedores e deve pensar duas vezes antes de vender a concorrentes.
A segunda forma de diversificação – entrar numa nova indústria – implica a superação de barreiras à entrada que nas indústrias de produtos são superiores às das indústrias de serviços. A lista de barreiras à entrada tende a incluir: a) requisitos de capital, b) economias de escala, c) vantagem de custo, d) vantagem de diferenciação, e) acesso a distribuidores, f) legislação e g) retaliação. O retorno do investimento na superação destas barreiras tende a ser proporcional ao rácio de concentração da indústria que, por seu turno, é mais inteligível nas indústrias de produtos do que nas indústrias de serviços.
A terceira forma de diversificação – entrar numa nova categoria de produto/serviço – também conhecida por segmento horizontal, implica barreiras de mobilidade em vez de barreiras à entrada. Apesar de a lista de barreiras ser relativamente semelhante, as barreiras de mobilidade são inferiores às barreiras à entrada porque a empresa se mantém na mesma indústria.
A quarta forma de diversificação – entrar num novo produto/serviço complementar – também conhecida por segmento vertical, não tem barreiras à entrada nem barreiras de mobilidade. Neste caso, a empresa estabelece uma parceria com uma empresa de uma indústria complementar que queira ter acesso à sua base de clientes. Em contrapartida, a empresa da indústria complementar paga-lhe uma comissão por cada cliente angariado. A empresa não tem, por isso, necessidade de entrar nessa indústria complementar, numa lógica de “make or ally”.
A quinta e última forma de diversificação – entrar numa nova geografia – também conhecida por internacionalização, tem barreiras à entrada porque os concorrentes locais são cada vez mais competitivos face a empresas exportadoras, licenciadoras ou multinacionais. Apesar disso, a internacionalização é a forma de diversificação mais versátil das cinco porque permite implementar as restantes quatro no estrangeiro.