[weglot_switcher]

CIP diz que análise da OCDE à economia nacional é “um alerta muito forte”

Em comunicado, a Confederação Empresarial de Portugal põe-se ao lado das recomendações que a OCDE fez para a economia portuguesa. “A análise da OCDE é um alerta muito forte e, conforme a CIP tem defendido e fundamentado, são necessários apoios mais robustos à economia portuguesa”.
  • Cristina Bernardo
4 Dezembro 2020, 13h08

A Confederação Empresarial de Portugal — CIP, reagiu esta sexta-feira às projeções da OCDE para a economia portuguesa e diz que a “análise da OCDE é um alerta muito forte”.

Esta terça-feira, a OCDE publicou o economic outlook, antecipando que o PIB de Portugal aumenta apenas 1,7% em 2021 e 1,9% em 2022, depois de uma descida de 8,4% neste ano.

Em comunicado enviado às redações, a CIP põe-se ao lado das recomendações que a OCDE fez para a economia portuguesa. “A análise da OCDE é um alerta muito forte e, conforme a CIP tem defendido e fundamentado, são necessários apoios mais robustos à economia portuguesa”, sendo ainda “fundamental” que as medidas de apoio cheguem efetivamente às empresas e que “é crítico que as medidas se mantenham por tempo suficiente.

A CIP salientou ainda, com base na análise da OCDE, que “é tempo de Portugal ter também instrumentos dirigidos ao reforço do capital das empresas, como sucede noutros países”.

Face a estas projeções da OCDE, a confederação patronal, liderada por António Saraiva conclui assim que, no final de 2022, “Portugal continuaria longe do ponto de partida de 2019”.

“Estas projeções são particularmente adversas, porque apontam para um declínio da economia global de 4,2% em 2020, mas para um crescimento de igual percentagem em 2021, seguido de um crescimento de 3,7% em 2022. Ou seja, Portugal cai o dobro da recessão global e tem uma taxa de recuperação que não chega a metade da média dos outros países”, diz a CIP, que alertou que se estes cenários se confirmarem, “o desempenho previsto da economia é muito penalizador”.

Neste contexto, a CIP lembra que a OCDE, à semelhança da confederação patronal, “faz uma forte recomendação para que as medidas de apoio à economia apenas sejam retiradas quando a recuperação estiver firmemente em curso, ao mesmo tempo a que apela à existência de instrumentos de capitalização das empresas viáveis”.

“Tendo a crise económica um impacto diferenciado consoante os setores de atividade, a OCDE apela diretamente ao Governo português para que apoie as empresas e os trabalhadores do setor do turismo, particularmente afetados e que poderão ter que se reconverter”, prossegue a CIP.

A CIP considerou ainda que, tendo em conta o economic outlook da OCDE, que “as questões relacionadas com o mercado de trabalho, nomeadamente as que se referem aos incentivos para contratar e manter trabalhadores, constituem prioridades para a competitividade, tal como o incremento das qualificações, a requalificação e a reconversão”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.