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City de Bernardo Silva e João Cancelo precisou de mais de mil milhões de euros para “montar” atual plantel

O Observatório do Futebol – CIES analisou quanto é que os clubes das principais cinco ligas europeias tiveram de investir até conseguirem “montar” os atuais plantéis. Os números são astronómicos e revelam o enorme esforço financeiro que os maiores clubes do mundo têm de fazer para apresentarem plantéis num nível competitivo muito acima da média.
  • REUTERS/Stephane Mahe
10 Setembro 2019, 07h43

O Manchester City, clube do principal escalão do futebol inglês onde figuram os portugueses Bernardo Silva e João Cancelo, precisou de investir 1.014 milhões de euros em contratações de atletas para “montar” o plantel atual, de acordo com as contas feitas pelo Observatório do Futebol – CIES aos clubes das cinco maiores ligas europeias (liga inglesa, espanhola, italiana, francesa e alemã, vulgo Big 5), apresentadas esta segunda-feira, 9 de setembro.

O clube inglês é o primeiro na história a apresentar um plantel que representa mais de mil milhões de euros em transferências. Atrás dos citizens, surgem Paris Saint-Germain (913 milhões de euros), Real Madrid (902 milhões), Manchester United (751 milhões) e Juventus (719 milhões).

Os números são astronómicos e revelam o enorme esforço financeiro que os maiores clubes do mundo têm de fazer para apresentarem plantéis num nível competitivo muito acima da média.

Ainda assim, ao calcular a diferença entre o plantel mais caro e o mais barato da respetiva liga, o CIES conclui que é na liga inglesa que se encontra menor disparidade. Na Premier League, no extremo oposto ao do Manchester City, o Norwich City é o clube que menos precisou de investir no seu atual plantel. Pelos dados divulgados, o plantel do City é apenas 32 vezes mais caro do que o do Norwich. Na liga italiana a Juventus de Cristiano Ronaldo é a que mais precisou de investir no atual plantel e o Lecce é, precisamente, a que tem o plantel mais barato, sendo que, de um extremo ao outro, o valor da Juventus vale 63 Lecce.

Na liga alemã são necessários 85 Paderborn para se alcançar o valor que foi preciso o Bayern investir para ter o atual plantel. Já em França, o Paris Saint-Germain vale 114 Nîmes. Em Espanha, a disparidade é ainda mais brutal: são para construir o atual plantel, o Real Madrid precisou de investir o equivalente a 148 Maiorca.

Aprofundando, ainda mais, as grandes divisões financeiras do futebol europeu, o CIES indicou que a despesa média em transferências de cada clube, para criar o atual plantel, é de 345 milhões de euros na Premier league; 167 milhões na liga italiana; 124 milhões na liga alemã; e 118 milhões na liga francesa.

 

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