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CMVM suspende negociação das ações da Benfica SAD

O regulador suspendeu as ações da Benfica SAD ao início da tarde desta terça-feira. Em causa poderão estar algumas notícias relacionadas com a Operação “Saco Azul”.
  • Football Soccer – Benfica v Besiktas – Champions League – Luz stadium, Lisbon, Portugal – 13/9/16. Benfica’s Franco Cervi celebrates after scoring a goal. REUTERS/Pedro Nunes EDITORIAL USE ONLY. NO RESALES. NO ARCHIVE.
14 Julho 2020, 14h57

A CMVM deliberou a suspensão da negociação das ações da Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD e outros instrumentos relacionados, avançou em comunicado o regulador.

“O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários a suspensão da negociação das ações Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD e outros instrumentos relacionados, aguardando a divulgação de informação relevante ao mercado”, pode ler-se na informação transmitida ao início da tarde desta terça-feira.

A Procuradoria-Geral da República confirmou ao jornal “Expresso” que foram constituídos “três arguidos, uma pessoa singular e duas coletivas” no que concerne à Operação “Saco Azul”. Os desenvolvimentos desta operação foram dados a conhecer no jornal “A Bola” na sua edição desta terça-feira e indica que os três arguidos são Luís Filipe Vieira, a Benfica SAD e a Benfica Estádio.

Em causa, explica a PGR, estará “um inquérito dirigido pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa e no qual se investigam factos suscetíveis de integrarem crime de fraude fiscal”.

Factos “suscetíveis de crime de fraude fiscal”

O inquérito é dirigido pelo Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) e investiga factos suscetíveis de integrarem crime de fraude fiscal, segundo a PGR.

A investigação da Autoridade Tributária (AT) remonta a 2018, quando foram feitas buscas às instalações ‘encarnadas’, por suspeitas da emissão de faturas de serviços fictícios de uma empresa informática, que o Benfica pagou.

O jornal A Bola noticia hoje que Luís Filipe Vieira foi ouvido na segunda-feira, tendo sido constituído arguido, acrescentando que outros dirigentes ‘encarnados’ devem ser ouvidos nos próximos dias, casos do administrador executivo da SAD, Domingos Soares de Oliveira, e do diretor financeiro, Miguel Moreira.

Em causa estarão 1,8 milhões de euros que terão sido pagos pelas sociedades ‘encarnadas’, durante seis meses, para pagar serviços que não foram prestados.

Fonte oficial do Benfica já tinha confirmado à Lusa que Luís Filipe Vieira tinha sido ouvido na segunda-feira, acrescentando tratar-se de uma questão relacionada com o pagamento de IVA e IRC.

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