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Coágulos sanguíneos. Johnson & Johnson adia entrega das vacinas na Europa

A decisão surge depois de as autoridades do medicamento norte-americanas terem suspendido a vacinação com o fármaco desenvolvido pela Janssen.
  • Pavlo Gonchar–SOPA Images/LightRocket/Getty Images
13 Abril 2021, 15h05

A farmacêutica do grupo norte-americano Johnson & Johnson (J&J) decidiu adiar “proativamente” a entrega na Europa das vacinas que desenvolveu contra a Covid-19 devido aos casos, ainda que raros, de coágulos sanguíneos detetados nos Estados Unidos.

“A segurança e o bem-estar das pessoas que utilizam os nossos produtos são a nossa prioridade número um. Estamos cientes de um distúrbio extremamente raro que envolve pessoas com coágulos sanguíneos em combinação com plaquetas baixas num pequeno número de indivíduos que receberam a nossa vacina”, começa por explicar a empresa, em comunicado.

A decisão surge depois de tanto o Centro de Controlo de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Food and Drug Administration (FDA) – autoridade do medicamento norte-americana – terem suspendido a vacinação com o fármaco da J&J nos EUA, por precaução, e iniciado um estudo aos seis casos deste distúrbio sanguíneo encontrados nos Estados Unidos, após mais de 6,8 milhões de doses administradas.

Numa nota de imprensa divulgada esta terça-feira, a J&J esclarece que também tem estado a analisar esses casos (raros) com as autoridades de saúde europeias. “Temos trabalhado em estreita colaboração com médicos especialistas e autoridades de saúde e apoiamos fortemente a comunicação aberta desta informação aos profissionais de saúde e ao público”, garante a multinacional.

Quem recebeu a vacina da Janssen e teve fortes dores de cabeça, dor abdominal, dor nas pernas ou falta de ar três semanas após a injeção devem entrar em contacto com o seu médico.

A vacina da farmacêutica Janssen (J&J) – que requer apenas uma única dose até à inoculação e pode ser armazenada durante três meses num frigorífico normal – foi a quarta a ser aprovada pela Agência Europeia do Medicamento, depois das Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca/Universidade de Oxford. Portugal iria receber amanhã 30 mil doses desta marca, segundo as previsões iniciais da task force liderada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

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