O preço do cobre em Londres subiu para máximos de cinco meses, ultrapassando os dez mil dólares por tonelada, à medida que a crescente procura e a ameaça de tarifas por parte dos Estados Unidos impulsionaram as compras. “Os traders estão a correr para importar o metal para os EUA”, disse John Meyer, analista da empresa de consultoria corporativa SP Angel, ao “Financial Times”. Este fator está a aumentar a diferença de preços entre os dois mercados. A diferença entre o preço de referência da Bolsa de Nova Iorque e o preço da London Metal Exchange cresceu mais de 1,254 dólares por tonelada na semana passada.
O presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou no mês passado uma investigação sobre “a ameaça à segurança nacional devido às importações de cobre”, o que poderia resultar na imposição de um imposto de 25%, já introduzido sobre todas as importações de alumínio e aço.
O cobre é utilizado em diversas indústrias, incluindo tecnologia, construção, defesa e energia. De acordo com Trump, o dumping e o excesso de capacidade nos mercados mundiais impactam a produção doméstica de cobre nos EUA, com reflexo na produção de equipamentos militares e outros produtos críticos dependentes de importações.
“Assim como o aço e o alumínio, a indústria de cobre foi prejudicada por atores globais que atacaram a nossa produção doméstica”, disse o secretário do Comércio, Howard Lutnick, citado pela agência noticiosa “Bloomberg”. Peter Navarro, um conselheiro comercial de Trump, deu o exemplo da China que usa o “dumping como arma económica para dominar os mercados globais”.
Em 2024, os EUA exportaram 11,3 mil milhões de dólares e importaram 9,6 mil milhões, dependendo significativamente de importações de cobre, principalmente do Chile, que representa 38% do total.
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