Colégios de ensino especial ameaçados pedem um milhão no OE2021

Rodrigo Queiroz e Melo, Diretor Executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), revelou esta terça-feira, no Parlamento que os colégios privados de educação especial que educam crianças com necessidades especiais precisam de um aumento de um milhão de euros no financiamento para não fechar portas.

“A situação neste momento é dramática e o que pedimos é que em sede de Orçamento do Estado para 2021 a situação não seja esquecida. Estamos a falar de um valor absolutamente irrisório, menos de um milhão de euros por ano. É um valor que chega a ser ridículo que tenhamos que recorrer ao Parlamento”, afirmou Queiroz e Melo, numa audição na Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto em que se fez acompanhar por responsáveis de alguns dos colégios atingidos, enquanto outros deram o seu testemunho por videoconferência.

Os colégios em número de dez estão concentrados na região de Lisboa e margem Sul, escolarizando cerca de 500 crianças. O Estado paga cerca de 500 euros por mês por cada aluno, durante onze meses, o que, segundo referiu o presidente da AEEP representa um financiamento inferior ao pago por aluno no ensino regular.

“Se o Estado entende que não deve financiar esta oferta, que não faz falta, então é dize-lo, que os colégios terão de ir à sua vida”, afirmou Rodrigo Queiroz e Melo.

Os partidos manifestaram vontade na resolução do problema, mas foi o CDS-PP o que de facto deu um sinal consistente. A deputada Ana Rita Bessa garantiu que vai apresentar propostas de alteração em sede de Orçamento do Estado para 2021 e aproveitou para “piscar o olho” ao PS no sentido da sua aprovação.