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‘Coletes Amarelos’: Governo francês pede que não haja manifestações no sábado

Temendo o quinto fim-de-semana de violência em vários pontos de França, o executivo francês pede que as manifestações sejam canceladas e que as forças de seguranças francesas estejam concentradas na caça ao atacante de Estrasburgo. “O que pedimos, é que as pessoas sejam razoáveis no sábado e não vão protestar”, disse Griveaux.
  • Caroline Blumberg / EPA
13 Dezembro 2018, 15h32

O Governo francês lançou esta quinta-feira um apelo ao movimento Coletes Amarelos, pedindo-lhes que evitem manifestar-se este sábado. Temendo o quinto fim-de-semana de violência em vários pontos de França, o seu porta-voz Benjamin Griveaux disse não ser razoável que voltem a sair à rua, dando como justificação a mobilização das forças de seguranças francesa, na sequência do ataque de terça-feira perto de um mercado de Natal em Estrasburgo.

“O que pedimos, com responsabilidade, é que as pessoas sejam razoáveis no sábado e não vão protestar”, disse Griveaux à estação televisiva Cnews. “Não é razoável manifestarem-se. As nossas forças policiais e de segurança têm estado intensamente mobilizadas nas últimas semanas e ainda mais por causa do ataque em Estrasburgo”.

O principal suspeito do tiroteio ainda se encontra em fuga, depois de ter tirado a vida a três pessoas e deixado feridas outras 12 – uma delas em estado crítico. Mais de 700 agentes participam na caça ao homem e foi decretado o mais alto nível de alerta na região envolvente, próxima da fronteira com a Alemanha.

O porta-voz do executivo liderado por Édouard Philippe esclareceu no entanto, que apesar do alerta máximo em todo o país, “não foi decidido proibir as manifestações”. A acontecerem, que se desenrolem de forma “ordeira” e “calma”.

A aclaração surge na sequência de apelos mais incisivos por parte de figuras ligadas ao Governo e Emmanuel Macron, como Richard Ferrand (presidente da Assembleia Nacional), Nicole Belloubet (ministra da Justiça) ou Olivier Dussopt (secretário de Estado das Finanças), que afirmaram que o movimento “tem de acabar”.

Marine Le Pen, líder da União Nacional, também assumiu, à France 2, que “as manifestações não podem ter lugar no sábado”.

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