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Coletes Amarelos perto de Notre-Dame será encarada como “pura provocação” pela polícia parisiense

Alguns membros do movimento consideraram que o capital angariado para restaurar Notre-Dame é uma demonstração da complacência dos que estão no poder e no mundo dos negócios para encontrarem soluções para os trabalhadores mal pagos.
19 Abril 2019, 16h10

“Pura provocação”. É assim que a polícia de Paris vai encarar a aproximação dos Coletes Amarelos da catedral de Notre-Dame, cujos protestos vão continuar esta sábado.

Segundo o jornal britânico “The Guardian”, o protesto de amanhã já tinha sido preparado antes da calamidade, na segunda-feira, que assolou a secular catedral de estilo gótico, erigida na Île-de-la-Cité, em Paris.

Os Coletes Amarelos reconheceram que o incêndio não constitui razão suficiente para cancelar o protesto e alguns membros do movimento consideraram que o capital angariado para restaurar Notre-Dame é uma demonstração da “complacência dos que estão no poder e no mundo dos negócios para encontrarem soluções para os trabalhadores mal pagos”.

Ingrid Levavasseur, uma pessoa de relevo no movimento dos Coletes Amarelos, percebeu a dor nacional que o incêndio causou à nação francesa mas adiantou que “temos de voltar à realidade”, denunciando a “inércia dos grandes grupos empresariais” em relação às dificuldades das classes operárias mais baixas num momento em que conseguiram canalizar tanto dinheiro para a reconstrução da igreja “em apenas uma noite”.

A publicação revela que já foram angariados mil milhões de dólares (cerca de 890 milhões de euros) para restaurar Notre-Dame.

Cerca de 60 mil polícias serão destacados pelo território francês para conter os protestos do movimento de discórdia contra as políticas do presidente francês, Emanuel Macron. São esperados protestos na capital francesa, Paris, mas também no sul do país, nas cidades de Toulouse, Bordeaux e Montpelier.

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