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Colisão entre Itália e UE castiga bolsas europeias. BCP lidera perdas no PSI 20

No rescaldo das eleições presidenciais no Brasil, Itália e a sua situação político‐orçamental voltam a preocupar os investidores.
  • Daniel Munoz/Reuters
8 Outubro 2018, 12h46

A bolsa portuguesa continua a negociar no ‘vermelho’, a meio da sessão desta segunda-feira, dia 8 de outubro, com todas as cotadas em queda, à exceção da Sonae Capital e da Ibersol. O principal índice do mercado, PSI 20, acompanha a Europa e perde 1,25%, para 5.138,87 pontos. No rescaldo das eleições presidenciais no Brasil, Itália e a sua situação político‐orçamental voltam a preocupar os investidores.

O setor da banca é o mais penalizado pela incerteza em Itália. Ramiro Loureiro, analista de mercados do Mtrader, do Millennium BCP, indica que “a maioria dos principais bancos italianos perde mais de 4% esta manhã e os juros da dívida italiana a 10 anos ultrapassam os 3,5% pela primeira vez em quatro anos”. A seguir a tendência dos pares italianos, o BCP cai 3,08% para 0,226 euros.

Pressionados pelo sentimento negativo da Europa estão também o setor da energia e do retalho. No setor energético, a EDP perde 0,22% para 3,178 euros, a EDP Renováveis recua 0,06% para 8,520 euros, a Galp Energia desvaloriza 1,71% para 16,410 euros e a REN deprecia 0,08% para 2,382 euros. No retalho, a Sonae resvala 0,29% para 0,858 euros e a Jerónimo Martins cai 0,74% para 11,410 euros.

De salientar que esta segunda-feira começou a oferta pública de venda (OPV) das ações da Sonae MC, que engloba os negócios de retalho e imobiliário do grupo Sonae. Apesar de a operação ser benéfica para todo o grupo liderado por Paulo Azevedo, a entrada da empresa em bolsa não se está a refletir como esperado na cotação em bolsa da casa-mãe.

Em terreno negativo seguem ainda a NOS (-2,32%), a Mota-Engil (-2,44%), a Pharol (-1,94%), a Altri (-2,94%), a Semapa (-1,05%), a Navigator (-2,37%), a Corticeira Amorim (-0,54%), os CTT (-0,36%) e a F. Ramada (-0,51%).

No ‘verde’, negoceiam a Ibersol, que ganha 0,66% para 9,140 euros, e a Sonae Capital, que avança 2,86% para 0,720 euros.

“As praças europeias negoceiam em baixa a meio da sessão desta segunda-feira, no rescaldo das eleições presidenciais brasileiras no último domingo”, indica Ramiro Loureiro, acrescentando que as bolsas europeias e, em particular o setor da banca, estão a ser castigados pela “colisão entre o governo italiano e a União Europeia relativamente à meta de défice a ser inscrita no Orçamento do Estado para 2019”.

Tendo em conta a situação político‐orçamental incerta em Itália, o euro também se vai ressentindo, ao depreciar 0,37% face ao dólar para 1,148 dólares. Já a libra cai 0,58% para 1,304 euros.

No setor petrolífero, a cotação do barril de Brent, que serve de referência para a Europa, perde 1,41% para 82,97 euros, enquanto a cotação do crude WTI recua 1,21%, para 73,44 dólares por barril.

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