O presidente do PSD disse hoje concordar com a decisão do Governo em decretar a requisição civil de trabalhadores no caso greve nacional dos motoristas de transporte de matérias perigosas, que começou na segunda-feira.
Em Coimbra, onde participou na tomada de posse do líder distrital, Rui Rio afirmou estar “inteiramente de acordo com a requisição civil naquilo que é absolutamente vital, nos serviços de saúde e de segurança”.
“Quanto ao resto, espero que o Governo, aqui apenas enquanto diplomata, consiga equilibrar os fatores e consiga ver se os empregados e os patrões conseguem chegar a um acordo”, referiu.
O líder do PSD disse ainda esperar que o executivo, liderado pelo socialista António Costa, “tenha capacidade de intermediação, de modo a que a greve dure o menos tempo possível”, e apelou para o bom senso entre as entidades patronais e os trabalhadores.
Rui Rio considerou ainda que a paralisação é um “braço-de-ferro entre os motoristas e as entidades patronais”, que está fora da esfera pública, e que a única coisa que o Governo pode fazer é a requisição civil para assegurar o abastecimento nos serviços fundamentais.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica
Os ministros da Administração Interna e do Ambiente e da Transição Energética declararam hoje a “situação de alerta” devido à greve, implementando medidas excecionais para garantir os abastecimentos.
Segundo uma nota do Governo enviada à Lusa, esta situação de alerta para o período compreendido entre hoje e até às 23:59 do dia 21 de abril determina a “elevação do grau de prontidão e resposta operacional por parte das forças e serviços de segurança e de todos os agentes de proteção civil, com reforço de meios para operações de patrulhamento e escolta que permitam garantir a concretização das operações de abastecimento de combustíveis, bem como a respetiva segurança de pessoas e bens”.
A nota refere ainda que o Governo também determina a “declaração de reconhecimento de crise energética, que acautele de imediato níveis mínimos nos postos de abastecimento, de forma a garantir o abastecimento de serviços essenciais, designadamente para forças e serviços de segurança, assim como emergência médica, proteção e socorro”.
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