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Comércio grossista e de retalho é o setor que antecipa mais contratações no próximo ano

Estudo da ManpowerGroup prevê criação líquida de emprego de 9% para Portugal no primeiro trimestre de 2019. 14% das empresas prevêem um aumento de contratações face a 5% que antecipa uma redução.
Neil Hall/Reuters
18 Dezembro 2018, 11h40

As empresas do setor do comércio grossista e retalhista e da eletricidade, gás e água são as que antecipam a maior contratação de novos trabalhadores no primeiro trimestre do próximo ano em Portugal, segundo um estudo da ManpowerGroup divulgado esta terça-feira.

Segundo os dados do “ManpowerGroup Employment Outlook Survey”, a criação líquida de emprego será de 9% para Portugal. O comércio grossita e de retalho prevê um aumento de 15% na contratação de trabalhadores, enquanto as empresas de fornecimento de eletricidade, gás e água um acréscimo de contratações de 14%. De forma mais ligeira, também os setores de transportes, logística e comunicações prevêem aumentar as contratações.

“Ainda que os resultados sejam positivos, as intenções de contratação dos empregadores portugueses para o período entre janeiro e março, são mais comedidas do que no início deste ano, recuando 4% face às antecipadas para os primeiros três meses de 2018”, salienta a empresa. O estudo trimestral, que analisa 625 empresas portuguesas, antecipa que 14% das empresas prevêem um aumento de contratações, 5% uma redução e 78% consideram que não haverá alterações.

“Depois de um ano marcado por um aumento significativo nas intenções de contratação, é natural que haja uma tendência de estabilização”, referiu Raúl Grijalba, diretor-executivo da ManpowerGroup para a zona do Mediterrâneo. “Ainda assim, as perspetivas são animadoras, uma vez que as empresas continuam a precisar de mão-de-obra adicional, apesar das dificuldades em encontrar candidatos com as competências necessárias. Por isso mesmo, consideramos que em 2019 o grande desafio será encontrar um  equilíbrio certo entre as capacidades dos candidatos e as novas exigências do mercado de trabalho”, conclui.

As grandes empresas são as que assinalam o maior crescimento no ritmo das contratações, com uma projeção de 24%, seguidas por um aumento de 17% nas médias empresas, enquanto as pequenas empresas antecipam uma aceleração de 7% no ritmo das contratações.

“Face ao trimestre anterior, as médias empresas reportam uma melhoria de 8% e as pequenas empresas uma melhoria de 3% nas intenções de contratação. Já as grandes empresas antecipam um decréscimo de 7%, e as microempresas não registam alterações significativas”, refere.

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