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Comissão de Economia em Estrasburgo aprova propostas de Pedro Marques para a União Bancária

Pedro Marques defende em três ideias-chave uma mudança de paradigma na Europa: A passagem da lógica de redução de riscos para a partilha de riscos, a introdução de um fundo de garantia de depósitos a nível europeu e uma reflexão sobre a dimensão das instituições bancárias. A votação final em plenário terá lugar em março.
  • Tiago Petinga/Lusa
18 Fevereiro 2020, 15h31

Foi hoje aprovado, na Comissão de Economia e Assuntos Monetários (ECON), o relatório da União Bancária do deputado Pedro Marques, com 42 votos a favor, 3 abstenções e 9 votos contra, 78% num universo de 60 votos. A maioria dos grupos políticos representados no Parlamento Europeu, com sede em Estrasburgo, votou favoravelmente.

O eurodeputado do PS, a quem foi atribuída a missão de redigir a proposta de relatório da União Bancária, defende que esta passe a contemplar uma lógica de partilha de risco dos bancos e uma garantia de depósitos europeia, para melhor defender os cidadãos.

Pedro Marques defende em três ideias-chave uma mudança de paradigma: A passagem da lógica de redução de riscos para a partilha de riscos, a introdução de um fundo de garantia de depósitos a nível europeu e uma reflexão sobre a dimensão das instituições bancárias.

“Depois da primeira votação do relatório da União Bancária na ECON, é importante sublinhar que do esforço de consenso entre os vários grupos políticos, resulta a ideia essencial pela qual nos batemos desde o início: a garantia dos depósitos e a partilha dos riscos vão evitar que sejam os contribuintes a pagar a fatura, caso haja uma nova crise do sistema financeiro”, explica Pedro Marques.

Pedro Marques considera urgente a criação de uma garantia de depósitos europeia, para defender os depositantes face aos eventuais problemas das instituições bancárias, defendendo que tal reforçará a confiança não só dos depositantes como dos investidores, e congratulou-se recentemente com o apoio já manifestado pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, assim como da presidente do BCE, Christine Lagarde.

Pedro Marques defende ainda a necessidade de refletir sobre a dimensão dos bancos, à luz do que aconteceu com instituições como a Lehman Brothers. O eurodeputado põe em questão se devemos ter instituições financeiras too big to fail. Pedro Marques diz que a Europa deve decidir se pode e quer ter bancos que, pela sua dimensão, têm um evidente risco sistémico e podem forçar a intervenções estatais com impacto nas contas públicas e na vida dos cidadãos.

A votação final em plenário terá lugar em março.

 

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