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Comissão Europeia anuncia compra de mais 300 milhões de vacinas da Moderna

A compra deste novo lote de vacinas “aproxima-nos do nosso maior objetivo: assegurar que todos os europeus têm acesso a vacinas seguras e efetivas o mais depressa possível”, disse von der Leyen.
Olivier Hoslet / EPA
17 Fevereiro 2021, 15h36

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciou a compra de mais 300 milhões de doses da vacina produzida pela farmacêutica Moderna. “Aprovámos hoje um novo contrato com a Moderna para adquirir mais 300 milhões de doses”, revelou, em conferência de imprensa esta quarta-feira.

A líder do bloco dos 27 Estados-membros lembrou que os países da União Europeia (UE) já conseguiram vacinar 22 milhões de pessoas com a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19, enquanto sete milhões de cidadãos estão completamente inoculados.

A compra deste novo lote de vacinas “aproxima-nos do nosso maior objetivo: assegurar que todos os europeus têm acesso a vacinas seguras e efetivas o mais depressa possível”, disse von der Leyen. “A vacinação progride na UE, tendo 33 milhões de doses sido entregues e 22 milhões de pessoas recebido uma dose e sete milhões as duas doses”, adiantou a presidente.

Em comunicado, a Comissão Europeia adianta que 150 milhões de doses chegam em 2021 e que existe a opção de realizar uma compra adicional de 150 milhões de doses em 2022. O contrato assinado entre a farmacêutica e o bloco vinca a possibilidade de doar a vacina a países de baixo ou médio rendimento ou de conduzi-las para outros países europeus, de forma a auxiliar no processo de vacinação.

Atualmente a Comissão Europeia dispõe de contratos com seis farmacêuticas para a entrega de vacinas, nomeadamente a Moderna, BioNTech/Pfizer, AstraZeneca, Sanofi-GSK, Janssen Pharmaceutic e Curevac. Estes seis contratos garantem o acesso a 2,6 mil milhões de doses para a vacinação dos cidadãos europeus, quando todas as vacinas sejam aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento.

A presidente adiantou ainda que “a entrega das três vacinas já autorizadas será aumentada”, referindo-se à BioNTech/Pfizer, AstraZeneca e Moderna, sendo que a vacina da Janssen já se encontra a ser avaliada. “Vemos que emergem novas estirpes do vírus, até agora as vacinas mostraram ser eficazes mas as variantes são mais agressivas e poderão ser mais resistentes às vacinas”, alertou.

Dados disponibilizados pela Comissão Europeia mostram que foram asseguradas 600 milhões de vacinas da BioNTech/Pfizer, 460 milhões da Moderna, 405 milhões de doses da CureVac, que ainda se encontra em desenvolvimento pela farmacêutica, 400 milhões da AstraZeneca, 400 milhões da Jassen Pharmaceuticals/Johnson & Johnson, já em avaliação, e 300 milhões da Sanofi-GSK, que está em desenvolvimento.

Atualmente a vacina da Jassen é a única que apenas necessita de uma dose para imunizar um cidadão contra o vírus, enquanto as restantes vacinas necessitam de duas doses. As vacinas desenvolvidas pela BioNTech/Pfizer, Moderna e CureVac são mRNA, consideradas das mais seguras para os pacientes, a AstraZeneca e a Janssen por adenovírus e a da Sanofi-GSK é de proteína.

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