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TikTok inicia diálogo com rede de autoridades de defesa do consumidor sob acusações de “práticas injustas”

O diálogo agora iniciado surge na sequência de um alerta do Gabinete Europeu das Uniões de Consumidores (GEUC) no início deste ano sobre as violações dos direitos dos consumidores da UE por parte da TikTok.
  • tik tok
28 Maio 2021, 18h15

Depois de o Gabinete Europeu das Uniões de Consumidores (GEUC) levantar suspeitas sobre “marketing oculto, técnicas publicitárias agressivas dirigidas às crianças e determinadas cláusulas contratuais” nas políticas da Tik Tok, a Comissão Europeia (CE) e a rede de autoridades nacionais de defesa do consumidor (CPC) iniciaram hoje um diálogo formal com a Tik Tok para analisar as suas práticas que consideram “injustas”.

O diálogo agora iniciado surge na sequência de um alerta do (GEUC) no início deste ano sobre as violações dos direitos dos consumidores da UE por parte da Tik Tok. A rede social tem um mês responder e colaborar com a Comissão e as autoridades CPC, co-lideradas pela Agência dos Consumidores da Suécia e pela Comissão Irlandesa da Concorrência e da Defesa do Consumidor.

As práticas consideradas “injustas” pelas autoridades europeias prendem-se essencialmente com os termos de utilizador que conferem à rede social o direito “irrevogável” de usar, distribuir e reproduzir os vídeos publicados pelos utilizadores, sem remuneração. A Tik Tok também reivindica o direito absoluto de modificar a taxa de câmbio entre as moedas e os presentes, potencialmente distorcendo a transação financeira a seu próprio favor, revela a GEUC.

A GEUC acrescenta que a Tik Tok “falha em proteger crianças e adolescentes de publicidade oculta e conteúdo potencialmente prejudicial na sua plataforma. As ofertas de marketing da Tik Tok para empresas que desejam anunciar na aplicação contribuem para a proliferação do marketing oculto. Os utilizadores são, por exemplo, estimulados a participar em desafios de hashtags de marcas, onde são incentivados a criar conteúdo de produtos específicos”.

Por fim, a GEUC concluiu que a rede social “não informa claramente os seus utilizadores, especialmente de uma forma compreensível para crianças e adolescentes, sobre quais os dados pessoais são recolhidos, para qual finalidade e por qual motivo legal. Essas informações são, no entanto, essenciais para os consumidores ao utilizarem os serviços da Tik Tok”. E considera ainda que “algumas dessas práticas, assim como outras, violam potencialmente o Regulamento Geral de Proteção de Dados e as levamos ao conhecimento das Autoridades de Proteção de Dados no contexto das suas investigações em andamento na empresa”.

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