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Como a tecnologia do ‘Candy Crush’ pode maximizar o potencial das empresas

O ‘Agile’ é uma metodologia de produção de software que cria valor do produto tecnológico mais cedo. Apesar de ainda não estar generalizada nas organizações, há uma app de sucesso foi criada pela ‘Agile’ e que os portugueses conhecem bem.
  • Cristina Bernardo
20 Setembro 2018, 13h44

A tecnologia está imbuída em todos os aspetos da sociedade, desde os mais pequenos dispositivos móveis até ao software que suporta sistemas informáticos de grandes empresas. Muitas das soluções tecnológicas presentes no mercados são suportadas por software cuja produção é lenta e, por isso, o valor que apresentam diluem-se entre o momento em que são pensadas e o momento em que são colocadas no mercado.

Mas na 10º edição do Q-day, uma conferência anual organizada pela Quidgest, empresa portuguesa de engenharia focada na produção de software,  abordou-se um tema que constitui um revolucionário modelo de produção de software conhecido como ‘Agile’.

Tiago Palhoto, Lead Consultant para as metodologias ágeis da Comissão Europeia, que o ‘Agile’ se enraizou na sociedade desde a sua inceção, em 2001. “Nos últimos 20 anos tudo mudou porque passámos a estar conectados quando e onde quisermos através do wifi”. “Isso contribuiu para a adaptação de hardware ao software e resultou em apps cada vez mais rápidas”, disse no primeiro painel do evento, do qual o Jornal Económico é media partner,

Uma app conhecida pelos portugueses é um caso de sucesso do ‘Agile’ enquanto modelo de produção de software. Estamos a falar do jogo Candy Crush que, desde a sua primeira release, foi tendo interações incrementais aumentando a sua jogabilidade. Com este exemplo, se percebe que a criação de valor da solução tecnológica é mais próxima da sua teorização porque é lançada no mercado mais cedo, sendo depois sucessivamente melhorada de forma incremental. Assim, ao longo da sua vida desde o seu lançamento no mercado, a solução tecnológica acumula valor.

Para as organizações, incutir o ‘Agile’ é um desafio, por quebrar um paradigma no desenvolvimento de projetos, mas acima de tudo uma oportunidade, por desencadear uma série de benefícios, como “uma adaptação constante à mudança” e “a entrega de valor “, explicou Tiago Palheto.

Nesta linha, para Carlos Nogueira, engenheiro da Quidgest, o “’Agile’ representa uma oportunidade para maximizar o potencial das organizações”. O foco do ‘Agile’ “centra-se no cliente”, o product owner, em detrimento dos processos, disse. Além disso, o “’Agile’ produz um software funcional” numa estreita colaboração “com o cliente”, o product owner, de forma mais eficiente e otimizada.

Apesar dos benefícios, a implementação do modelo ‘Agile’ tem barreiras no seio das empresas. De acordo com um inquérito realizado pela VersionOne Inc., entre outras, a cultura organizacional das empresas aversas à mudança e à própria metodologia ‘Agile’, a falta de talento no mercado de trabalho e a própria incapacidade da gestão de uma empresa em introduzir o ‘Agile’ impedem uma adoção mais generalizada deste modelo revolucionário de produção de software.

Na 10º edição do Q-day, uma conferência anual organizada pela Quidgest, empresa portuguesa de engenharia de software, o tema ‘Hyper Agile – Desenvolvimento de software e gestão ágil’ esteve na ordem do dia.

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