A saúde não tem preço, é um facto, e há cada vez mais portugueses a recorrer aos seguros de saúde para se protegerem de eventuais emergências. De certeza que muitas dúvidas se levantam na hora de escolher a solução que melhor se adequa às necessidades de cada pessoa. É com isso em mente que o ComparaJá.pt, plataforma gratuita de comparação de produtos financeiros e telecomunicações, explica em exclusivo para o Jornal Económico quais os fatores que devem ser tidos em conta e que facilitarão a tomada desta decisão.
Vantagens dos seguros de saúde
Por cada prestação de cuidados médicos que seja necessária e que não é abrangida pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) gera-se um montante de despesas avultado a pagar. Sem seguro, cada consulta ou tratamento ficará num preço muito superior àquele que é coberto pelo mesmo. Estes custos tornam-se particularmente incomportáveis quando se trata de famílias.
“Uma proteção deste género compensa especialmente para famílias e pessoas com maior propensão para adoecer. Ganhar tempo em filas de espera e em marcações, bem como poupar dinheiro em consultas sucessivas e de especialidade já são, por si só, benefícios que valem a pena. Existe sempre uma percentagem de desconto para famílias e pode haver redução no valor do seguro, o chamado “prémio”, caso já existam outros seguros contratualizados na mesma companhia”, explica Sérgio Pereira, diretor geral do ComparaJá.pt.
Contrariamente ao que acontece no SNS, surge a possibilidade de escolher o médico, a clínica ou o hospital pretendidos. Habitualmente, verificam-se ainda benefícios fiscais. A maior parte dos seguros inclui também descontos nos seus parceiros (spas e ginásios, por exemplo).
O acompanhamento diário por telefone, disponível 24 horas, é igualmente uma benesse, uma vez que se constitui como uma ajuda permanente para qualquer problema que surja. Ademais, a maior parte dos seguros conta com um sistema de reembolso fora da rede, para além das enormes comparticipações dentro da rede.
Especialidades abrangidas
De um modo geral, um seguro de saúde com valores baixos de prémio anual – cerca de 120 euros para um jovem solteiro e 500 euros para uma família – pode incluir: assistência hospitalar e ambulatória; parto; comparticipações variáveis para consultas dentro e fora da rede; cirurgias até 5.000 euros.
Por sua vez, considerando um pacote intermédio – aproximadamente 600 euros para um jovem solteiro e 1.500 euros para uma família -, para além das coberturas de um seguro mais barato, estão ainda, normalmente, compreendidos: estomatologia; comparticipações de 100% em consultas dentro da rede; próteses e ortóteses; assistência em viagem; serviço de segunda opinião médica; internamento; cirurgias até 50.000 euros. Poderão ainda ser abrangidos: assistência médica ao domicílio; subsídios diários por hospitalização e deslocação; extensão para o estrangeiro.
“Convém salientar que o valor do prémio varia consoante diversos fatores: idade; peso; altura; manifestação de doenças crónicas. Dentro de um mesmo seguro, podem ser escolhidas diferentes franquias para as várias especialidades. Porém, note-se que a maior parte das seguradoras não abrange as doenças manifestadas antes da contratação do seguro”, sublinha o fundador do ComparaJá.pt.
Quanto ao pagamento, este pode ser feito quer anualmente como mensalmente, ou ainda trimestralmente ou semestralmente – cada pessoa ajustar-se-á à modalidade que mais lhe convém. Quanto menos forem as proteções incluídas, mais reduzido será o valor do prémio.
Como procurar e comparar?
Na pesquisa de um produto desta natureza, o mais importante a ter em conta é a relação qualidade-preço: quantas coberturas e modalidades estão incluídas na apólice do seguro pelo valor do prémio contratado.
Porém, o montante total do mesmo não é apenas influenciado pelas necessidades da pessoa segura, mas também por questões que têm que ver com fatores de risco que agravam o custo, tais como o historial clínico, a presença de doenças crónicas, antecedentes familiares ao nível de doenças, consumo de substâncias como o tabaco e o álcool e até a prática regular de exercício físico.
Passo 1: Conhecer as suas especificidades
Quem usa óculos ou lentes de contacto é normal que procure um seguro que abranja consultas de oftalmologia e que cubra despesas nesta especialidade. Se o objetivo for apenas estar-se protegido face a urgências, então talvez seja mais benéfico escolher uma solução com uma cobertura elevada de cirurgia e hospitalização. Cada pessoa sabe quais são as suas maiores necessidades.
“É importante ter em atenção o facto de estarem geralmente excluídos dos seguros de saúde os acidentes de trabalho, perturbações do foro psicológico, tratamentos de fertilização e de excesso de peso, por exemplo”, afirma Sérgio Pereira.
7 CONCEITOS ESSENCIAIS A DOMINAR |
Prémio: prestação total paga pelo segurado à entidade seguradora aquando da emissão da apólice. |
Apólice: documento que a seguradora emite para formalizar o contrato de seguro. |
Copagamento: valor definido concretamente para cada despesa de saúde, ficando esse montante sempre a cargo da pessoa segurada. |
Franquia: é o mesmo que o copagamento, com a diferença de que esta denominação se aplica aos seguros que têm o sistema de reembolso como modalidade de pagamento. |
Período de carência: espaço de tempo que decorre entre a contratação do seguro e a possibilidade de se iniciar a utilização do mesmo, sendo que se aplica somente em caso de doença e não de acidente. |
Rede: conjunto de hospitais, médicos, laboratórios e afins que têm acordos com seguradoras. |
Assistência ambulatória: serviço que inclui consultas médicas de clínica geral ou de especialidade e ainda tratamentos, exames e métodos de diagnóstico. |
Passo 2: Comparar opções (focando-se no máximo de coberturas pelo menor preço)
A primeira tentação é a de olhar para o preço acima de tudo. Todavia, a melhor opção muitas vezes não passa pelo montante mais reduzido do prémio, devendo, ao invés, haver um enfoque naquele pacote que cobre todas as necessidades do indivíduo pelo valor máximo que ele está disposto a pagar – a oferta e a procura a gerarem o preço de equilíbrio.
Há que ter ainda em conta a possibilidade de se baixar o valor do prémio se se praticar desporto e o acesso a uma rede de cuidados de bem-estar com desconto em spas e ginásios, por exemplo.
“Caso se tenha filhos, compensa juntar toda a família no mesmo produto pois permite poupanças substanciais no valor do prémio. Estes seguros permitem, normalmente, incluir até cinco pessoas na mesma apólice – é um descanso que pode valer muito a pena. Convém ainda ter noção de que o valor do prémio costuma aumentar se se incluir o parto nas coberturas”, explica o responsável do ComparaJá.pt.
Atenção às coberturas e exclusões
As coberturas que usualmente fazem parte de todos os pacotes de seguros de saúde são a hospitalização, referente aos gastos de internamento hospitalar, e a assistência ambulatória, que abarca consultas, tratamentos e exames médicos.
“É importante salientar o facto de muitas seguradoras exigirem que o cliente solicite uma autorização prévia em situações de internamento, para que se avalie se todas as despesas associadas se encontram abrangidas pela apólice”, alerta Sérgio Pereira. “Atenção também que os seguro de saúde não cobrem acidentes decorrentes da prática de desportos radicais, por exemplo, sendo os seguros de acidentes pessoais mais adequados a esse tipo de casos”, acrescenta o diretor geral da plataforma gratuita de comparação.
A proteção face a Doenças Graves é cada vez mais procurada
O número de pessoas em Portugal com doenças graves – oncológicas e de outro foro – tem aumentado de ano para ano, ao passo que o desenvolvimento da medicina e o diagnóstico atempado têm permitido o crescimento dos casos de tratamento com sucesso e a melhoria da qualidade de vida das pessoas a quem são diagnosticadas doenças desta natureza.
Para se precaverem face a problemas de saúde mais graves, muitas famílias têm apostado em pacotes de seguros mais alargados. Algo que se tem vindo a refletir na produção de seguros: de acordo com a ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Pensões, em 2015, os prémios brutos emitidos pela atividade dos seguros de doença foram 972.662 euros, o que significou um aumento de 23,6% face ao ano anterior.
As doenças graves cobertas de forma transversal pelos pacotes mais completos das seguradoras em Portugal são as doenças Oncológicas, Neurocirurgias, Bypass, Procedimentos cirúrgicos para substituição de válvulas do coração, Transplante de órgãos (coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas ou medula óssea), AVC e Enfarte do miocárdio.
Algo também transversal é o facto de se excluírem doenças graves em estado avançado, daí que no momento de se escolher um seguro de saúde para doenças graves seja fundamental olhar às exclusões.
As seguradoras a operar no nosso mercado excluem, por exemplo, quem possua Síndroma de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) ou qualquer tipo de tumor/doença proveniente do mesmo. Várias seguradoras excluem ainda pessoas que careçam de hemodiálise, assim como transplantes de órgãos ou tecidos. Também podem ser colocados de fora diversos tipos de cancros de estádios diferentes ou a leucemia crónica.
Passo 3: Decidir o modo de pagamento
Pode ser efetuado através de um destes três sistemas:
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
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