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Como podem as ‘startups’ atrair financiamento? Investidores deixam conselhos

Na maioria dos casos, os empreendedores terão apenas alguns minutos para conseguirem apoio dos investidores. Além de conseguirem explicar o que vão fazer com o investimento, os investidores aconselham os fundadores das ‘startups’ a conhecerem o negócio e o mercado em que operam na ‘ponta da língua’.
14 Agosto 2019, 07h49

As startups surgem de uma ideia inovadora que muitas vezes precisa de ser testada no mercado antes de singrar e conquistar seu espaço. Até esse momento, as startups necessitam de financiamento. Foi assim, por exemplo, que nasceu a Amazon quando, em 1994, Jeff Bezos pensou em utilizar a internet para enviar livros pelo correio. A ideia singrou, expandiu-se e tornou a Amazon numa “loja de tudo” com uma capitalização bolsista superior a 900 mil milhões de dólares.

A injeção de capital é uma questão de sobrevivência para as startups. O Jornal Económico aproveitou a presença de diversos investidores na terceira edição da European Innovation Academy, um programa de ensino de empreendedorismo tecnológico que se realizou em Portugal, e perguntou-lhes que conselhos dariam a jovens empreendedores que procuram financiamento.

O norte-americano Ravi Belani, managing director da Alchemist Accelerator, um acelerador de startups com 24 milhões de dólares em ativos sob gestão, e professor de empreendedorismo na Universidade de Stanford, vincou a importância “testar o mercado antes de criar um produto”. Não é apenas necessário identificar uma necessidade do mercado, é ainda preciso encontrar mercados “únicos para os quais ninguém está a prestar atenção”, reforçou. “É melhor do que seguir tendências” disse Ravi Belani.

Para Ricardo Marvão, da sociedade portuguesa LC Ventures que tem 11,2 milhões de euros em ativos sob gestão, a preparação é crucial para os empreendedores que estão à procura de financiamento. “Eles devem saber que apenas têm alguns minutos da atenção dos investidores para apresentarem os seus projetos”, alertou. Por isso, “estejam preparados”, disse.

O investidor português explicou ainda que os empreendedores devem conhecer o negócio e o mercado em que operam na ponta da língua. “Foquem-se em métricas concretas e quantifiquem o mais possível os benefícios que vão dar aos vossos clientes”, salientou Ricardo Marvão.

No fundo, os empreendedores devem conseguir “explicar o mercado e a concorrência e explicar também por que razões pensam que vão ter sucesso”. Além disso, devem dizer “o que vão fazer com o capital angariado” e foquem-se em explicar como o vão utilizar para “aumentar as receitas, as margens e melhorar a competitividade” da empresa, disse Ricardo Marvão.

 

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