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Companhias aéreas em alerta sobre possibilidade de problemas na retoma dos voos

Entre os alertas deixados pelos especialistas, estes enfatizaram erros de manutenção realizados ao longo do tempo em que as aeronaves tiveram paradas, ninhos de pássaros ou insetos a bloquear os principais sensores e um potencial ‘enferrujamento’ do piloto, anunciando falta de prática ao longo de vários meses.
15 Dezembro 2020, 14h14

Com a lenta retoma da atividade económica, diversos especialistas do setor da aviação estão a alertar as companhias aéreas para terem precauções extra ao reativarem os aviões que estiveram parados em terra, revela a “Reuters”.

Entre os alertas deixados pelos especialistas, estes enfatizaram erros de manutenção realizados ao longo do tempo em que as aeronaves tiveram paradas, ninhos de pássaros ou insetos a bloquear os principais sensores e um potencial ‘enferrujamento’ das capacidades dos pilotos, anunciando falta de prática ao longo de vários meses.

Segundo informações da Associação Internacional dos Transportes Aéreos (IATA, sigla inglesa), o número de abordagens mal geridas ou não estabilizadas aumentou consideravelmente este ano, resultando em aterragens forçadas, ultrapassagens em pista e colisões em terra. As seguradoras destas aeronaves estão atualmente a questionar as companhias aéreas se estão a dar formação e treino extra aos pilotos por causa das aterragens, preocupando-se com os dados divulgados pela IATA.

De acordo com a fabricante de aeronaves Airbus, a maioria dos acidentes fatais com aviões acontece durante a aproximação ao aeroporto, enquanto o maior número de acidentes não fatais ocorre durante a aterragem.

No entanto, a formação e treino extra não deve ser a única preocupação das companhias aéreas. A Agência para a Segurança da Aviação da União Europeia (EASA, sigla inglesa) revelou que alguns pilotos atingiram velocidades e altitudes não confiáveis durante o regresso. A maioria das causas destas leituras deveu-se à existência de alguns ninhos de insetos dentro de tubos da aeronave, situados perto de sensores sensíveis à pressão que gerem dados importantes para o sistema de navegação.

Esta não é a primeira vez que se encontram ninhos de insetos dentro de um tubo que mede a pressão da aeronave. Esta foi a causa de um acidente que aconteceu em 1996 na República Dominicana e que matou 189 passageiros.

Após uma vistoria a vários armazéns onde estão estacionadas várias aeronaves, a EASA apontou que entre os problemas mais frequentes após a paragem superior a 10 semanas encontravam-se a contaminação do sistema de combustível, redução da pressão do travão de estacionamento, perda de carga das baterias de emergência e que o motor também se desligava durante o voo devido a problemas técnicos.

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