Com a lenta retoma da atividade económica, diversos especialistas do setor da aviação estão a alertar as companhias aéreas para terem precauções extra ao reativarem os aviões que estiveram parados em terra, revela a “Reuters”.
Entre os alertas deixados pelos especialistas, estes enfatizaram erros de manutenção realizados ao longo do tempo em que as aeronaves tiveram paradas, ninhos de pássaros ou insetos a bloquear os principais sensores e um potencial ‘enferrujamento’ das capacidades dos pilotos, anunciando falta de prática ao longo de vários meses.
Segundo informações da Associação Internacional dos Transportes Aéreos (IATA, sigla inglesa), o número de abordagens mal geridas ou não estabilizadas aumentou consideravelmente este ano, resultando em aterragens forçadas, ultrapassagens em pista e colisões em terra. As seguradoras destas aeronaves estão atualmente a questionar as companhias aéreas se estão a dar formação e treino extra aos pilotos por causa das aterragens, preocupando-se com os dados divulgados pela IATA.
De acordo com a fabricante de aeronaves Airbus, a maioria dos acidentes fatais com aviões acontece durante a aproximação ao aeroporto, enquanto o maior número de acidentes não fatais ocorre durante a aterragem.
No entanto, a formação e treino extra não deve ser a única preocupação das companhias aéreas. A Agência para a Segurança da Aviação da União Europeia (EASA, sigla inglesa) revelou que alguns pilotos atingiram velocidades e altitudes não confiáveis durante o regresso. A maioria das causas destas leituras deveu-se à existência de alguns ninhos de insetos dentro de tubos da aeronave, situados perto de sensores sensíveis à pressão que gerem dados importantes para o sistema de navegação.
Esta não é a primeira vez que se encontram ninhos de insetos dentro de um tubo que mede a pressão da aeronave. Esta foi a causa de um acidente que aconteceu em 1996 na República Dominicana e que matou 189 passageiros.
Após uma vistoria a vários armazéns onde estão estacionadas várias aeronaves, a EASA apontou que entre os problemas mais frequentes após a paragem superior a 10 semanas encontravam-se a contaminação do sistema de combustível, redução da pressão do travão de estacionamento, perda de carga das baterias de emergência e que o motor também se desligava durante o voo devido a problemas técnicos.
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