A notícia é avançada pelo “Correio da Manhã”. O Fundo de Resolução terá travado a operação de venda da dívida da Ongoing por parte do Novo Banco a um fundo de investimento norte-americano. Razão? A insignificância do montante. A dívida ascende a 600 milhões de euros e a venda realizar-se-ia por dois milhões. Ou seja, escreve o CM, com “desconto de 99%”.
A dívida remonta ao período áureo das relações entre os homens fortes do BES, Ricardo Salgado, e Nuno Vasconcelos, da Ongoing.
O Banco Espírito Santo (BES), à época o maior banco privado português, acabou em agosto de 2014, alvo de resolução, dando origem ao ‘banco mau’ e ao ‘banco bom’. O Novo Banco encarnou o ‘banco bom’. Esta instituição, hoje liderada por António Ramalho, é detida em 25% pelo Fundo de Resolução bancário e 75% pelo fundo Lone Star.
A dívida da Ongoing é apontada pelo jornal, “como o crédito transferido do BES que mais prejuízos causou à gestão liderada por António Ramalho, no pós resolução do BES”.
Este crédito terá estado para ser vendido ao fundo Davidson Kempner no final do ano passado, também sem êxito.
Os dois milhões da suposta venda equivalem, ainda segundo o CM, “ao valor atribuído a dois apartamentos que pertencerão a entidades controladas por Nuno Vasconcelos”, dono da Ongoing, agora residente na região de São Paulo, Brasil.
Os bancos portugueses têm vindo a reduzir as carteiras de malparado como forma de apresentarem um balanço mais saudável.
Novo Banco diz que “não vende imóveis com desconto”, pois vendeu ao preço de mercado.
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