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Comprar casa em Portugal exige menos esforço financeiro do que arrendar

Adquirir uma casa de 90 metros quadrados implica um encargo mensal entre 14% a 61% inferior ao valor mensal do arrendamento praticado na mesma zona, incluindo em mercados muito valorizados, como Lisboa e Porto.
26 Julho 2019, 07h01

Comprar uma habitação em Portugal já exige menos esforço financeiro do rendimento mensal familiar, do que caso opte por arrendar. Esta é a principal conclusão do “Estudo da Acessibilidade da Habitação em Portugal”, levado a cabo pela consultora imobiliária Century 21 Portugal.

A empresa utilizou os 90 metros quadrados como critério de definição de uma habitação ideal para a média dos agregados familiares portugueses, avaliando também rendimento médio das famílias nas várias capitais de distrito, bem como os valores para aquisição e arrendamento desta tipologia de habitação.

Os cinco concelhos com a maior taxa de esforço do País para aquisição de habitação foram Lisboa (58%) seguida por Lagos, Loulé e Tavira, ambos com 52% e por fim, Albufeira (48%). Já em sentido inverso, os cinco concelhos onde a compra de casa requereu uma menor taxa de esforço das famílias foram Guarda (16%), Bragança e Santarém, ambos com 15%, Castelo Branco (14%) e Portalegre (13%), sendo que estas regiões contam no total, apenas com 2,1% dos agregados familiares do continente e onde de acordo com o estudo da Century 21, os rendimentos mensais dos agregados familiares variam entre os 1.359 e os 1.394 euros.

Olhando para a perspetiva do arrendamento, os cinco concelhos com maior taxa de esforço são Lisboa e Albufeira, com 68%, seguidos de Loulé, Cascais e Amadora, os três com 57%. Já os concelhos com menor taxa de esforço para arrendamento habitacional são a Guarda, Viseu, Vila Real e Santarém, com 28%, menos 1% do que o esforço verificado nos concelhos de Portalegre e Castelo Branco.

“A habitação não é um problema: é a solução, e devem ser criadas políticas, legislações e orientações estratégicas de longo prazo. O mercado está ajustar-se a esta nova realidade e é necessário que os operadores privados, autoridades locais e Estado português olhem para o sector imobiliário com outra perspetiva”, refere Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal.

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