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Concorrente da Invisalign encaixa mais 120 milhões de dólares para investir em tecnologia e abrir novas clínicas

A Impress, que opera no negócio dos aparelhos invisíveis, pretende ter mais espaços de ortodontia em Portugal, nomeadamente no sul e nas ilhas.
11 Julho 2022, 17h39

A startup da ortodontia invisível Impress anunciou esta terça-feira que levantou 125 milhões de dólares (cerca de 124 milhões de euros), numa ronda de financiamento série B liderada pela francesa LBO France e pelos franceses da Norgine Ventures e da Claret Capital Partners. O financiamento contou ainda com a carteira de investidores portugueses, da Bynd Venture Capital, bem como a TA Ventures (Alemanha), a Uniqa Ventures (Áustria) e a Nickleby Capital (Reino Unido).

“A Impress tem vindo a consolidar a sua posição de marca #1 de ortodontia na Europa, sendo Portugal um dos seus mercados estratégicos e onde tem sido realizado um maior investimento. Esta nova ronda irá contribuir para fomentar essa posição de liderança internacional e a Bynd irá continuar a apoiar o desenvolvimento do negócio na Ibéria e principalmente na interligação com o mercado português”, acredita Francisco Ferreira Pinto, administrador executivo da Bynd Venture Capital.

O montante captado agora pela startup eleva o total para mais de 230 milhões de dólares (228 milhões de euros). “O mercado de alinhadores invisíveis mostra-se como uma oportunidade atrativa de crescimento. Com este investimento, apoiamos uma empresa que, desde a sua criação em 2019, alcançou um crescimento e expansão geográfica significativos, com uma oferta diferenciada, centrada na qualidade dos cuidados de saúde, no percurso dos pacientes e na eficiência operacional. A Impress está bem posicionada para crescer ainda mais e conquistar uma quota significativa do mercado”, completa o presidente executivo da Norgine Ventures, Peter Stein, em comunicado.

A cadeia de clínicas especializadas pretende utilizar este novo financiamento (100 milhões de dólares estão fechados e daqui a dois meses chega o valor remanescente) para melhorar a experiência digital do tratamento ortodôntico dos pacientes – o que implica desenvolvimento de software e outro investimento tecnológico na aplicação móvel da Impress, ampliar as instalações de produção de alinhadores – ou seja, mais fábricas próprias – e entrar em novos mercados. No caso concreto de Portugal, o investimento será rentabilizado na expansão das clínicas nas regiões sul, centro e ilhas.

Fundada em Barcelona em 2019, a empresa tem hoje mais de 130 clínicas em oito países (em Portugal existem 15 clínicas em Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Braga, Guimarães, Viseu, Aveiro, Coimbra, Leiria, Almada, Amadora, Cascais, Setúbal, Portimão e Évora), uma equipa global de cerca de mil pessoas, das quais 500 são médicos especializados em ortodontia. Em três anos, 80% das clínicas da Impress são alegadamente rentáveis, embora os resultados financeiros não tenham sido revelados.

Segundo a cofundadora e chefe de operações da Impress, Diliara Lupenko, esta multinacional criou “uma experiência ortodôntica absolutamente nova, impulsionada pela tecnologia, na medida em que todo os processos são totalmente digitalizados graças ao produto e software próprios da Impress”.

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