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Confagri propõe grupo de trabalho para acompanhar impacto das tarifas

O objetivo será “monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.
12 Abril 2025, 12h05

A Confederação das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) propôs a criação de um grupo de trabalho para acompanhar as implicações da aplicação das taxas anunciadas pelo Presidente dos EUA, adiantou, em comunicado.

“Face à crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais, em particular no que respeita à imposição de taxas alfandegárias por parte dos Estados Unidos, a Confagri considera essencial uma resposta concertada, assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”, começou por dizer a confederação.

Por isso, ainda que “mantendo a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a organização “propõe a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar”.

O objetivo será “monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

O presidente da Confagri, Idalino Leão, sublinhou, citado na mesma nota, que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”.

A organização acredita que é “necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

A União Europeia suspendeu por 90 dias a aplicação de novas tarifas de 25% que tinham sido decididas em retaliação das de 25% sobre importações de alumínio e aço adotadas pelos Estados Unidos, que impuseram ainda uma taxa de 20% sobre os automóveis.

O anúncio, de Trump, da suspensão por três meses das chamadas tarifas recíprocas levou à decisão do executivo comunitário de pausar as tarifas de 25% adotadas na quarta-feira por igual período.

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