[weglot_switcher]

Confinamento e teletrabalho congelam mercado imobiliário de escritórios

O novo confinamento congelou ocupação de escritórios no arranque de ano, conclui a sociedade de mediação imobiliária, JLL, numa análise ao comportamento do mercado no mês de janeiro.
23 Fevereiro 2021, 16h46

O novo confinamento congelou ocupação de escritórios no arranque de ano, conclui a sociedade de mediação imobiliária, JLL. É uma consequência previsível da imposição legal do teletrabalho.

O mês de janeiro apresentou uma baixa dinâmica no mercado de escritórios, registando uma ocupação de cerca de 2.000 m2 em Lisboa e de 500 m2 no Porto, apura o mais recente Office Flashpoint da JLL.

O estudo revela que Lisboa regista uma descida de 79% face aos 14.000 m2 transacionados em janeiro do ano passado, ao passo que o Porto observa uma quebra de 94% relativamente aos 7.500 m2 ocupados no período homólogo. Em termos mensais, ambos os mercados registam quedas na ordem dos 90%.

“Em Lisboa, contabilizaram-se cinco operações em janeiro, uma das quais com área superior a 1.000 m2. Assim, a área média por operação recuou para 400 m2, em parte influenciada por esta operação de maior dimensão, sendo que o mercado mostrou-se mais ativo na zona 2 – CBD (67% da ocupação), dominado pelo setor de ‘Serviços a Empresas’ (68% da ocupação)”, diz a JLL em comunicado.

Já no Porto, “os cerca de 500 m2 de take-up traduziram-se na realização de três operações, refletindo-se numa área média por operação de 160 m2. A maior operação do mês foi registada na zona 4 – oriental, a qual agrega, assim, 54% da atividade mensal. Em termos dos setores de procura, o mais dinâmico do mês foi o de Consultores e Advogados”, adianta a imobiliária.

De acordo com Mariana Rosa, responsável de Leasing Markets Advisory da JLL, “este comportamento deve-se ao novo confinamento geral, que veio impor a obrigatoriedade total do teletrabalho e que fez com que as empresas voltassem a colocar as decisões em relação aos seus escritórios novamente em suspenso”.

Em comunicado a responsável defende, por isso, que “este mês não deve ser considerado como uma antecipação de tendência para o restante ano, porque, como vimos ao longo de 2020, a procura continua a existir. E assim que a pandemia comece a dar condições para que se trabalhe e circule com alguma normalidade, a atividade ocupacional retoma”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.