Já foi oficialmente lançado o Conselho Europeu de Inovação (CEI), um dos mais importantes instrumentos para apoiar empresários, empreendedores e cientistas da União Europeia (UE). O mecanismo, no qual o ex-comissário Carlos Moedas esteve amplamente envolvido, concluiu o piloto de três anos e arranca agora com um montante de 1,5 mil milhões de euros em 2021 para auxiliar as empresas a inovar.
O CEI conta com um orçamento de 10 mil milhões de euros para o período de 2021-2027, dos quais cerca de 3 mil milhões de euros são afetados ao fundo do Conselho Europeu da Inovação, da Comissão Europeia.
“Dispomos agora de um fundo que nos permitirá apoiar as pequenas e médias empresas que trabalham no setor das inovações de ponta, facultar o acesso a fundos próprios e acelerar o desenvolvimento de empresas em fase de arranque inovadoras. É uma forma de converter os resultados da investigação em projetos empresariais concretos e desenvolver ideias novas que contribuam para promover tecnologias e inovações revolucionárias”, afirmou Margrethe Vestager.
Na fase inicial, impulsionado por um balão de oxigénio de 3,5 mil milhões de euros, este conselho apoiou mais de 5 mil pequenas e médias empresas (PME) e startups, bem como mais de 330 projetos de investigação. Agora, o empreendedorismo mantém-se como uma prioridade, de acordo com o primeiro programa de trabalho divulgado esta quinta-feira – até porque mais de metade dos 1,5 mil milhões serão para startups e PME.
“Para apoiar o crescimento de empresas na Europa, o CEI está a tentar criar sinergias com o amplo ecossistema de startups europeu através de uma nova onda de ações no âmbito da iniciativa existente da Comissão, Startup Europe. As ações funcionarão como um catalisador para fomentar o potencial das startups europeias, disponibilizando aplicações prontas para o mercado e soluções tecnológicas que podem contribuir para a competitividade e autonomia estratégica da indústria da UE em áreas tecnológicas essenciais e cadeias de valor”, pode ler-se.
Portugal está entre os países “em expansão” (widening countries) – países com baixo desempenho em investigação e inovação (R&I) – a par com a Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Estónia, Grécia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia, durante toda a duração do Programa Horizonte Europa.
Inovar dá prémios
O Conselho Europeu da Inovação, que tem uma vertente de galardões para os vanguardistas, abriu hoje as candidaturas para o prémio europeu «Mulheres Inovadoras» – recompensa as empresárias mais talentosas da UE e dos países associados ao Horizonte Europa – e para os prémios Capital Europeia da Inovação (iCapital), que distinguem as cidades importantes na configuração do ecossistema de inovação local e nos quais Lisboa já foi finalista (2018). Há uma novidade nas categorias este ano: a «Cidade Europeia mais Inovadora», para as metrópoles com entre os 50 mil e 250 mil habitantes.
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