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Conselho Geral do Novo Banco aprova hoje redução da administração executiva e continuidade de Ramalho

É hoje que é decidida a renovação do mandato para António Ramalho que se mantém presidente executivo do Novo Banco no próximo mandato de 2021-2024. O Conselho Geral de Supervisão vai reduzir o Conselho de Administração Executivo para seis membros e aprovar o novo plano de negócios.
  • Cristina Bernardo
22 Outubro 2020, 08h00

O Conselho Geral e de Supervisão, presidido por Byron Haynes, reúne hoje para escolher o novo Conselho de Administração Executivo (CAE) para o mandato 2021-2024, tal como o Jornal Económico avançou em primeira-mão na passada sexta-feira.

É hoje que é decidida a renovação do mandato para António Ramalho que se mantém presidente executivo do Novo Banco depois do fim do atual mandato, que acaba no fim do ano. O que aliás já tinha sido anunciado por Byron Haynes, presidente não executivo do banco. O Novo Banco não só vai decidir o novo CAE, como a estrutura daí resultante.

De saída, segundo revelou o Jornal Económico, está Vítor Fernandes, que, ao fim de seis anos na administração do banco, decidiu não renovar o mandato. A Lone Star irá substituir Vítor Fernandes por um administrador com um perfil internacional e que já trabalhou no mercado português, o que, segundo avançou o Jornal Eco, é Andres Baltar, do Barclays Bank.

Este administrador deverá ficar com a área do crédito às empresas.  “A nova estrutura do CAE entrará em funções antes de 2021 para assegurar o seu comprometimento e a plena responsabilização pelo Plano de Médio Prazo de 2021 a 2023 e para dar início ao novo ciclo desde o início de 2021”, disse o banco ao Económico na passada sexta-feira.

Tal como também o Jornal Económico avançou também sairão outros dois administradores, Jorge Freire Cardoso e José Eduardo Bettencourt. Estes não serão substituídos, uma vez que é intenção da Lone Star diminuir a dimensão da administração executiva do banco. Assim, hoje em Conselho Geral de Supervisão a Lone Star, que tem 75% do Novo Banco, vai aprovar a redução da comissão executiva para seis elementos e não oito, como até agora.

Ao Jornal Económico o Novo Banco confirmou que está em curso o processo de renovação do mandato do conselho de administração executivo (CAE ).

O novo Conselho de Administração Exceutivo, tal como ditam as regras, terá de ser previamente avaliado pelo supervisor bancário. Sendo o Novo Banco, uma instituição sistémica caberá ao BCE a luz verde dos administradores que sairão hoje da reunião.

No CAE manter-se-ão no novo mandato, Luísa Soares da Silva, Rui Fontes, Luís Ribeiro e Mark Bourke, tal como avançou também o Económico.

O Novo Banco detalhou que a estrutura do CAE “irá refletir a simplificação e transformação do modelo de negócio ao longo dos últimos anos”.

A nova administração executiva irá gerir o banco num contexto de lucros, que, tal como decorre dos compromissos com a Comissão Europeia, ocorrerão já no próximo ano. Será um novo ciclo do banco já limpo do legado do BES. Para ajudar à nova fase de lucratividade, o banco contratou a Boston Consulting Group (BCG) para desenhar o plano estratégico do Novo Banco para o futuro, tal como noticiado pelo JE em edição anterior.

Para concluir essa limpeza o Novo Banco conta fazer, em 2021, a última chamada de capital ao abrigo do Acordo de Capitalização Contingente. Ainda não há valores exatos do montante que vai ser utilizado do mecanismo de capital contingente (CCA) do Fundo de Resolução, mas o OE de 2021, estima que a injeção seja de 476,6 milhões, abaixo portanto dos 912 milhões que ainda restam no mecanismo que foi criado com um teto de 3,89 mil milhões de euros.

 

 

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