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Consultas, vacinas e testes do pezinho a recém-nascidos devem continuar, avisa DGS

Os constrangimentos criados pela Covid-19 podem constituir “um fator de agravamento de eventual desequilíbrio das dinâmicas familiares”, mas a DGS sublinha que se torna nesta altura relevante a “reavaliação do risco familiar e respetiva intervenção preventiva pelas equipas de família, com eventual suporte dos núcleos de apoio a crianças e jovens em risco”.
27 Março 2020, 13h52

Face à propagação do novo coronavírus, a Direção-Geral de Saúde (DGS) veio alertar, esta sexta-feira, que não devem ser adiadas nem o rastreio ao recém-nascido previsto no Programa Nacional do Rastreio Neonatal (PNRN) – o chamado teste do pezinho -, as consultas de vigilância do Plano Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (PNSIJ), nem o cumprimento do Programa Nacional de Vacinação (PNV).

O comunicado surge na sequência da implementação de medidas excecionais pelas instituições de saúde, no sentido de adiar os serviços não urgentes, com o objetivo de conter a pandemia da Covid-19, e pretende alertar para aqueles que não devem ser alterados.

A DGS reconhece que os constrangimentos impostos pela pandemia de Covid-19 podem constituir “um fator de agravamento de eventual desequilíbrio das dinâmicas familiares”, mas sublinha que se torna nesta altura relevante a “reavaliação do risco familiar e respetiva intervenção preventiva pelas equipas de família, com eventual suporte dos núcleos de apoio a crianças e jovens em risco”.

O teste do pezinho deve ser feito entre o 3.º e o 6.º dia após o nascimento, no mesmo momento da 1.ª consulta médica programada que deverá ocorrer na 1.ª semana após o nascimento.

Já o PNSIJ tem como objetivo a detenção precoce de fatores de risco individuais, familiares e do contexto socioeconómico que possam comprometer o bem-estar e a segurança da criança. A DGS acrescenta ainda que as consultas do PNSIJ foram previstas seguindo o calendário do PNV e que podem ser agendadas para a mesma altura, evitando deslocações desnecessárias.

“Devem ser desenvolvidos todos os esforços para o cumprimento do esquema previsto no PNSIJ, recorrendo a formas alternativas, tais como consultas por telecontacto/telemedicina pelas equipas de saúde familiar (médico e/ou enfermeiro), para manutenção e monitorização da saúde da população infantil e juvenil durante este período de exceção provocado pela pandemia de Covid-19”, indica.

Reforço das medidas para evitar contágio

A autoridade nacional de saúde aconselha também um reforço das medidas para evitar o contágio das crianças e da família que se deslocam ao serviço de saúde, programando a consulta e coordenando os horários com os da vacinação e diz que cada criança deve ser apenas acompanhada por um cuidador.

Evitar acumulações em sala de espera de utentes, cumprindo as regras de distanciamento social e de higienização pessoal e retirar dos espaços comuns os brinquedos e material didático que possam constituir fonte de transmissão são outros dos conselhos da DGS, que sublinha a importância da limpeza e desinfeção das superfícies e mobiliário da sala de espera.

Na nota, a DGS diz também que as equipas de famílias (do serviço de saúde) devem atualizar o contacto dos cuidadores, manter a atividade que envolve o levantamento e identificação das crianças com necessidades de saúde especiais (NSE), em situação de risco ou vulneráveis nas áreas de cada unidade.

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