[weglot_switcher]

Consultora IDC oferece análises de mercado às empresas da Startup Lisboa

Gabriel Coimbra, ‘country manager’ para Portugal, disse ao Jornal económico que as startups ali incubadas beneficiarão de “estudos e relatórios detalhados da IDC, cuja pesquisa e produção, normalmente, implicam um investimento de dezenas de milhares de euros”.
8 Setembro 2018, 11h00

A International Data Corporation (IDC) e a Startup Lisboa estabeleceram este verão uma parceria que vai permitir às empresas incubadas neste espaço receber análises e relatórios de mercado. Ao Jornal Económico, o vice-presidente e country manager para Portugal disse que o acordo permitirá a estas startups portuguesas “acesso a conhecimento crítico”, enquanto a consultora ganha com o rejuvenescimento que as suas tecnologias poderão trazer à organização.

Tipicamente associadas a tecnologias da terceira plataforma, como a Internet das Coisas, a cloud, o Big Data, a Inteligência Artificial, a robótica, a realidade aumentada ou mesmo a blockchain, estes (ainda jovens) negócios ajudarão a IDC a abraçar a transformação digital de forma mais eficaz. A empresa compromete-se, assim, a disponibilizar a sua rede internacional de cerca 1.100 analistas e consultores e informação relevante de mercado. À consultora, a parceria vai possibilitar um contacto mais próximo com as inovações desenvolvidas pelas startups portuguesas. No entanto, neste momento, o objetivo não é ter participações nelas ou adquiri-las.

“As startups da Startup Lisboa passam a ter acesso especial e gratuito ao research global da IDC, para validar tendências e quantificar a dimensão e potencial de mercado. Apesar de, a nível global, a IDC contemplar na sua estratégia, a aquisição pontual de startups e/ou empresas, o foco desta parceria não visa o investimento”, explica Gabriel Coimbra ao semanário.

As microempresas incubadas na Startup Lisboa terão, assim, acesso livre e gratuito ao research global da consultora e poderão “aceder aos estudos e relatórios detalhados da IDC, cuja pesquisa e sua produção, normalmente implicam um investimento de dezenas de milhares de euros às empresas”, na sua perspetiva. O porta-voz da empresa de market intelligence sublinha ainda, em declarações ao Jornal Económico, que as startups tecnológicas serão aquelas que terão maiores benefícios deste acordo.

“Este protocolo celebrado permitirá sobretudo dinamizar o ecossistema de startups em Portugal e ao mesmo tempo acelerar e sensibilizar as empresas para o processo de transformação digital”, realçou o responsável pelo mercado português. Segundo o líder da multinacional norte-americana em Portugal, a cultura empreendedora europeia “é muito menos agressiva” do que nos Estados Unidos da América ou nos países asiáticos. Porém, Gabriel Coimbra acredita que os portugueses estão a contribuir cada vez mais para alterar este paradigma empresarial.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.