“O desafio da sobrevivência de uma pequena e média empresa em Portugal determina que o controlo financeiro influencie o seu sucesso ou insucesso”. Quem o afirma é Rui Pais, partner da Margem Bruta e da Offiout II, explicando: “Existem fatores internos e externos que contribuem para a problemática capacidade de gestão dos nossos empresários nas PME, a sua fragilidade administrativa e carência de informações são os principais fatores de insucesso” nestas empresas.
Segundo este contabilista certificado, em geral, as obrigações de informação de gestão impõem “um encargo proporcionalmente mais elevado às PME, e em especial às mais pequenas, devido à sua dimensão”. A explicação é simples. Como este tipo de empresas não dispõe de pessoal interno com conhecimentos especializados em controlo financeiro, necessitam recorrer a serviços externos mais onerosos. A adaptação, implementação e compreensão de ferramentas contabilísticas podem, assim, contribuir positivamente para o sucesso da empresa. No grupo das principais ferramentas destacam-se: balanços patrimoniais, demonstrações de resultados, fluxos de caixa, centros de custo e planos de conta.
“Uma das formas mais acessíveis de reforçar a competitividade das PME – salienta Rui Pais – consiste na análise atempada da informação financeira disponível internamente, por forma a permitir uma redução dos seus encargos administrativos, de produção e de manutenção, que, por sua vez, gera importantes poupanças em termos de custos às empresas, tal só é possível se existir controlo financeiro”.
Rui Pais é partner da Offiout II e da Margem Bruta, reputadas empresas de serviços de outsourcing de contabilidade, assessoria fiscal e consultadoria financeira para as empresas, independentemente da sua dimensão ou do setor de atividade. “Concebemos um trabalho específico a cada cliente de acordo com as necessidades do seu negócio”, sublinha.
“A maioria das vezes, os problemas de natureza financeira são decorrentes de decisões financeiras tomadas sem planeamento e controlo financeiro“
Que procedimentos deve uma PME ter em conta com vista a uma gestão eficiente das suas finanças? Rui Pais diz que pela experiência da Offiout II junto das empresas de pequena dimensão, “a maioria das vezes, os problemas de natureza financeira são decorrentes de decisões financeiras tomadas sem planeamento e controlo financeiro”.
Na análise deste contabilista, a falta de controlo financeiro gera decisões sobre informação pouco precisa e de baixo valor, levando por vezes a investimentos e substituição de equipamentos entre outras opções erradas do ponto de vista da gestão financeira. A falta de controlo financeiro, permite designadamente que informações sobre compras, gestão de stocks, prazos de recebimento e de pagamento, gestão de preços e consequentes margens de lucro provoquem apertos financeiros diários que geram tomadas de decisão extemporâneas e erradas.
Como se ultrapassam? Em primeiro lugar, explica Rui Pais, deverá haver uma correta gestão financeira permitindo que os recursos financeiros que entram em caixa são suficientes para honrar os compromissos assumidos, gerando lucros sobre os seus investimentos.
Acabar com os excedentes desnecessários, reduzir prazos de recebimentos, reduzir créditos em cobrança duvidosa; aumentar prazos de pagamentos e eliminar o excesso de distribuição de recursos financeiros aos sócios são algumas ações que podem ser tomadas. Em segundo lugar, Rui Pais acentua a importância de ter informação de confiança e correspondente à verdade da empresa para a implementação de um controlo financeiro rigoroso. Neste aspeto aconselha-se o máximo rigor e controlo nos valores depositados e na análise de despesas pagas, e a produção de informação em tempo útil para a tomada de decisões, entre outros.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com