Ainda que se continue a falar consistentemente de corrupção e a resposta pareça ser straight-forward, continuamos a assistir a uma forte necessidade de regulação e de um controlo mais permanente, tanto por parte das empresas como dos reguladores. O extenso número de casos mediáticos vem demonstrar essa necessidade dado que, a cada evento, trazem um novo foco sobre o combate à corrupção.
Mas porque falamos de Corrupção e Integridade? Fundamentalmente, porque quanto maior importância for dada aos comportamentos e às pessoas, maior é a probabilidade de começarmos a ter respostas mais eficazes.
A Integridade é a qualidade de ser honesto e de ter fortes princípios morais. No contexto empresarial, “integrity is doing the right thing, even when no one is watching” (cf. C.S. Lewis), isto é, a integridade é um pilar fundamental para construir uma cultura organizacional que resista à corrupção.
Para combater eficazmente a corrupção, é essencial implementar estratégias abrangentes que promovam a integridade. Algumas dessas estratégias incluem:
• Promover um sistema mais robusto alavancando o fortalecimento das instituições responsáveis pela fiscalização e aplicação das leis;
• Promover o papel das empresas como pilar crítico da prevenção e combate à corrupção;
• Reforçar a educação e sensibilização da sociedade.
Em Portugal, temos assistido a um comprometimento cada vez maior do poder político no combate à corrupção. Esse comprometimento passou pela publicação de legislação específica (Regime Geral de Prevenção da Corrupção), bem como da criação de um novo Regulador, o Mecanismo Nacional Anticorrupção.
Em paralelo, as empresas que procuram responder da melhor forma, não só às obrigações de prevenção da corrupção, mas também na promoção da integridade. O adotar de uma cultura empresarial ética não só vem reforçar a integridade dentro da organização, como também influencia positivamente a sociedade como um todo. As empresas têm revisto os seus Códigos de Conduta, promovido a formação e desenvolvimento, investigado casos que surjam nos canais de denúncia, analisado os terceiros com quem trabalham, implementado mecanismos de auditoria e monitorização, entre outros.