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Costa avisa: “Haver uma crise política era absolutamente insano e injustificado”

O primeiro-ministro garante que o Executivo está a preparar o Orçamento do Estado para 2021 com “tranquilidade” e assegura que as negociações com os parceiros têm registado avanços.
  • António Costa
28 Setembro 2020, 20h46

O primeiro-ministro, António Costa, descarta o cenário de uma eventual crise política devido ao Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), considerando que seria “absolutamente insano e injustificado” nas atuais condições de crise, e garante que as negociações estão a registar progressos.

“Já temos uma crise sanitária, acrescentou-se uma crise económica, uma crise social, haver uma crise política era absolutamente insano e injustificado”, afirmou o Chefe do Executivo esta segunda-feira em declarações aos jornalistas, antes de um jantar de trabalho com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em São Bento.

António Costa vincou ainda não crer “que nada justifique que isso venha a acontecer”, uma vez que considera “que as negociações que têm vindo a decorrer de forma a ficarmos com um bom Orçamento para 2021”.

“Se é fácil? Não, não é fácil, como nunca foi ao longo destes anos, mas isso faz parte da democracia”, admitiu, acrescentando que “quando não há maioria, há que negociar e encontrar as soluções que permitam que haja uma maioria que viabilize o Orçamento de Estado e é nisso que estamos a trabalhar”.

O primeiro-ministro diz que o Governo está a preparar o documento “com a tranquilidade normal”, apesar do prazo este ano ser mais cedo, uma vez que terá que entrar no Parlamento a 12 de outubro. “As negociações com os nossos parceiros parlamentares têm vindo a decorrer com avanços positivos e por isso tenho confiança que este ano, tal como aconteceu nos quatro anos anteriores tenhamos um bom Orçamento para o próximo ano”, assinalou.

“Mais do que nunca é importante ter um bom orçamento porque vencer esta crise económica e social não depende só dos apoios europeus. Começa, antes de mais nada, por depender de nós próprios, de como somos capazes de adoptar boas políticas para responder às necessidades das empresas, reforçarem e terem confiança no seu futuro, para combater o desemprego e proteger o desemprego e criar um clima de confiança para que os agentes económicos tenham confiança para investirem e aproveitarem os recursos que são disponibilizados pela União Europeia”, disse em jeito de aviso.

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