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Costa defende atuais políticas contra o desemprego: “Em equipa que ganha, não se mexe”

Falando esta manhã em Sines, na sequência do contrato de investimento de 657 milhões da Repsol no Complexo Industrial de Sines, Costa relembrou que a taxa de desemprego “nunca ultrapassou os 18%” como se verificou na crise anterior tendo situado-se, em agosto, nos 6,4%.
13 Outubro 2021, 11h24

O primeiro-ministro defende que as atuais medidas do Governo têm sido suficientes para fazer frente à atual crise pandémica, frisando que existem “boas condições para dar continuidade às políticas que têm produzido bom resultado”.

Falando esta manhã em Sines, na sequência do contrato de investimento de 657 milhões da Repsol no Complexo Industrial de Sines, Costa afirmou que “conseguimos provar que fomos capazes de enfrentar uma crise onde foi notável e resiliência das empresas e do emprego”, referiu. “Ao contrario de outras crises onde atingimos 18% do desemprego, nós nunca ultrapassamos os 8% na atual crise [pandémica] e estamos neste momento nos 6,4% de taxa de desemprego”, disse.

“Temos boas condições para dar continuidade às políticas que têm produzido bom resultado. Como se diz no futebol, em equipa que ganha, não se mexe”, rematou.

A taxa de desemprego caiu para 6,4% em agosto, menos 0,2 pontos percentuais do que em julho e 1,5 pontos percentuais face ao mês homólogo, segundo os dados provisórios divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo os dados, a população empregada diminuiu 0,6% em relação ao mês anterior e aumentou 3,8% por comparação com o mês homólogo de 2020, enquanto a população desempregada diminuiu 4,1% e 20,9%, respetivamente.

O primeiro-ministro considera que o investimento de 657 milhões de euros da Repsol em Sines será benéfico para a economia local e nacional uma vez que, no acordo assinado entre o Governo e a petrolífera, foi considerado como o “maior investimento industrial” da última década. Além do investimento de 657 milhões está prevista a atribuição de incentivos fiscais de até 63 milhões.

Esta manhã, em Sines, António Costa reforçou a importância deste investimento “não só naquilo que é a economia tradicional, mas também na nova economia de dados”, dado que “Sines é um ponto de narração europeu” por ter instalado “o primeiro cabo de fibra óptica que liga a Europa à América do Sul” e por isso fará “seguramente” da região “uma grande plataforma para a  instalação de centros de dados que são fundamentais para a economia do futuro”.

Em causa está um projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) para ampliação do Complexo Industrial de Sines da petrolífera Repsol, com a construção, prevista para arrancar este ano e terminar em 2025, de duas novas fábricas de materiais poliméricos de alto valor acrescentado, 100% recicláveis, para as indústrias automóvel, farmacêutica ou alimentar, entre outras. Segundo salientou o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, “estima-se que, em momento de cruzeiro, o impacto direto do projeto na balança comercial de bens poderá andar muito próximo dos 800 milhões de euros“.

 

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