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Costa diz que comissão técnica irá avaliar se precisa redefinir critérios do plano de vacinação

A Comissão Europeia querer acelerar o processo de vacinação e estabeleceu novas metas. O primeiro-ministro diz que o plano de vacinação português está definido em função das doses e do calendário de distribuição das doses a Portugal, mas que a comissão técnica irá avaliar as recomendações de Bruxelas.
António Cotrim / Lusa
20 Janeiro 2021, 13h21

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que a comissão técnica portuguesa responsável pelo plano de vacinação irá definir se as metas definidas pela Comissão Europeia irão implicar ou não uma revisão dos critérios de vacinação definida.

“Ao longo destes meses, todos temos aprendidos uns com os outros. Estou certo que a comissão técnica portuguesa vai também ter em conta as recomendações da Comissão Europeia e avaliará se isso implica ou não uma revisão do critério da vacinação definida”, disse o chefe do Executivo, em conferência de imprensa esta quarta-feira, ao lado da presidente da Comissão Europeia e do Presidente do Parlamento Europeu, após ter apresentado esta manhã aos eurodeputados as prioridades da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

Questionado sobre a comunicação da Comissão Europeia que insta os Estados-Membros a acelerarem a vacinação, tendo como meta que até março de 2021, cada país tenha vacinado pelo menos 80% das pessoas com mais de 80 anos e 80% dos profissionais de saúde e de assistência social e até ao verão de 2021 pelo menos 70 % da população adulta, António Costa explicou que Portugal tem o plano de vacinação “modelado em função das doses e do calendário de distribuição das doses a Portugal que foi fixado no contrato entre a União Europeia e as diferentes empresas produtoras”.

“Desde que esse contrato seja cumprido, conseguimos cumprir o nosso plano de vacinação”, afirmou, acrescentando que “em Portugal, o plano de vacinação e as prioridades são definidas pela task force técnica, que definiu como primeiro grupo prioritário os profissionais de saúde, segundo grupo prioritário as pessoas internadas e residentes em lares. É com satisfação que podemos hoje ter a certeza que no final da próxima semana teremos assegurado a totalidade da vacinação de todas as pessoas residentes em lares ou que trabalham em lares”.

O primeiro-ministro vincou que o plano combina ainda por um lado os grupos de risco associados a outras doenças que são risco acrescido na situação de Covid e também o critério da idade.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, justificou as metas anunciadas na terça-feira pelo executivo comunitário com o aumento previsto do volume de vacinas. “É bom termos metas ambiciosas”, vincou, acrescentando ser “viável se vemos que temos doses de vacinas que vão chegar”.

“Temos que trabalhar em todas as frentes”, reiterou.

Bruxelas definiu querer acelerar a administração da vacina em toda a União Europeia, estabelecendo que a Comissão Europeia, os Estados-Membros e a Agência Europeia de Medicamentos “irão trabalhar com as empresas para tirar partido do potencial da União Europeia para maximizar a capacidade de fabrico de vacinas”.

“A Comissão está a trabalhar com os Estados-Membros sobre os certificados de vacinação, em plena consonância com a regulamentação da UE em matéria de proteção de dados, que podem servir de apoio à continuidade dos cuidados. Até ao fim de janeiro deverá chegar-se a acordo quanto a uma abordagem comum que permita que os certificados dos Estados-Membros sejam prontamente utilizáveis nos sistemas de saúde da União Europeia e não só”, lê-se no comunicado divulgado na terça-feira pela Comissão Europeia.

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