A rapidez na propagação de vírus e o aumento no número de vitimas fatais devido ao coronavírus obrigou Bruxelas a disponibilizar um cheque de 232 milhões de euros para ajudar a travar o Covid19 dentro e fora da Europa. Para além disso, a Comissão Europeia anunciou ainda um novo pedido de avaliação de risco ao Centro Europeu de Prevenção e Controlo das doenças, que fará ainda parte de uma missão conjunta com a Organização Mundial da Saúde que parte esta terça-feira para Itália.
O jornal Expresso avança também que existe uma necessidade de coordenação de esforços entre Estados-membros, mas não recomenda para já a introdução de controlos nas fronteiras da União Europeia. Sobre uma possível “suspensão coordenada de Schengen”, que permite a livre circulação entre a maioria dos países europeus, o comissário para a Gestão de Crise, Janez Lenarčič diz que não se está “a avançar ainda para isso”. Para já a mensagem é para que os governos mantenham a cabeça fria, não tomem decisões desajustadas da realidade mas “apoiadas em evidências científicas”, “proporcionais” e de “forma coordenada” com os restantes países da UE. “Será lamentável se esta situação for politizada”, cita o jornal as declarações de Lenarčič.
Quanto ao novo pacote de ajuda, são disponibilizados mais 232 milhões de euros, dos quais 114 milhões serão para apoiar a Organização Mundial da Saúde, no plano de prevenção e resposta global ao surto. O objetivo é melhorar os serviços de resposta e emergência médica de países com sistemas de saúde mais frágeis.
Haverá ainda mais 15 milhões de euros para África, para apoiar medidas de diagnóstico rápido e vigilância epidemiológica. E 100 milhões para investigação, diagnóstico e gestão de contenção e prevenção, dos quais 90 milhões vêm da Parceria Público Privada com a indústria farmacêutica. A este montante, a Comissão soma ainda 3 milhões de euros para o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, caso seja necessário apoiar novos voos de repatriação de cidadãos europeus que estão em Wuhan, na China.
Já no domingo, a Áustria decidiu interromper momentaneamente ligações ferroviárias com Itália.
Os comissários europeus preferiram sublinhar a necessidade de reforçar e melhorar cada vez mais a coordenação entre os Estados-membros, para fazer face a todos os cenários.
“Há 10 dias, pedimos aos Estados-membros que melhorassem as medidas de preparação, o que agora se revela justificado. A epidemia já afetou 29 países. Isto apenas mostra que temos de acelerar a resposta e temos de atuar como uma União. Não deve haver dúvidas de que este é um desafio global e exige cooperação de toda a comunidade internacional, e também coordenação de todos os setores dentro dos próprios países”, sublinhou Lenarcic.
Detetado na China em dezembro de 2019, o coronavírus Covid-19 já provocou 2.592 mortos e infetou mais de 78 mil pessoas a nível mundial, registando-se atualmente um surto no norte de Itália, na região da Lombardia, que já provocou 185 infetados e quatro mortos.
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