[weglot_switcher]

Covid-19: Empresas familiares querem Portugal a produzir o que precisa

Associação presidida por Peter Villax diz que vai fazer a ponte entre as empresas e o governo para que as indústrias e fábricas nacionais ajustem a sua produção para os bens que o país mais precisa no âmbito da pandemia da Covid-19.
  • Peter Villax na SEDES
    Peter Villax na SEDES
27 Março 2020, 19h50

A Associação das Empresas Familiares quer o tecido empresarial português a produzir aquilo de que o país precisa.

Desta forma, a associação presidida por Peter Villax lançou a iniciativa ‘Empresas Familiares por Portugal’ e diz que vai fazer a ponte entre as empresas e o governo para que as indústrias e fábricas nacionais ajustem a sua produção para os bens que o país mais precisa no âmbito da pandemia da Covid-19.

“Face à pandemia Covid-19 que está a afetar o nosso país, a Associação das Empresas Familiares anunciou hoje [dia 27 de março] o lançamento da iniciativa ‘Empresas Familiares por Portugal’. Sob o mote ‘Não podemos parar!’, a campanha tem por objetivo colocar as empresas nacionais a responder de forma célere às necessidades geradas pela pandemia da Covid-19. Em particular, às necessidades do setor da saúde, por forma a dotar os hospitais, centros de saúde e profissionais de saúde dos materiais necessários para proteção individual e combate à epidemia”, destaca um comunicado desta associação.

De acordo com este documento, a campanha pode ser consultada online, para que os interessados possam “ficar a par das necessidades mais urgentes identificadas e contactar a Associação das Empresas Familiares para disponibilizar os bens que conseguirem produzir”.

“Neste momento, Portugal precisa de nós! Não há tempo a perder, temos de mobilizar a economia nacional, em particular as unidades fabris, para produzir os bens necessários para tratar os nossos doentes e proteger os profissionais de saúde. Nos últimos dias, realizámos um apelo maciço às empresas familiares para se unirem para produzir o que o país precisa. A nossa associação está a fazer a ponte com o governo para que essa produção seja canalizada para as instituições e pessoas que mais precisam”, destacou Peter Villax, presidente da Associação das Empresas Familiares.

“O papel da Associação das Empresas Familiares no âmbito desta campanha é: primeiramente, sensibilizar os empresários nacionais para alterarem, dentro das suas possibilidades, a produção das suas fábricas para produzirem o que o país precisa agora”, “assim como o de comunicar ao governo a cada momento a disponibilidade das empresas e por fim facilitar contactos”.

Estudos recentes estimam que as empresas familiares representam 70% a 80% do tecido empresarial português. Abrangendo todos os setores de atividade e tipos de empresa: micro, médias e grandes empresas; regionais, nacionais e multinacionais, contribuem para 50% do emprego e representam 65% do PIB nacional.

No resto do mundo as empresas familares têm um peso ainda maior: representam 70%-90% do PIB dos seus países e 50% a 80% do emprego.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.