O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quarta-feira a criação de uma linha de crédito para apoio às empresas novo coronavírus (Covid-19). O líder do Executivo socialista disse que está ciente do “impacto negativo” que o surto do novo coronavírus pode ter na economia, sobretudo no turismo, mas reitera que os salário dos trabalhadores do setor público e privado serão pagos a 100%.
“Estamos conscientes do impacto negativo que a epidemia em curso pode vir a ter no comportamento da economia mundial, em particular no setor do turismo (…) Continuaremos a monitorizar a situação e, se necessário, estamos em condições de lançar uma linha de crédito de apoio à tesouraria das empresas no valor inicial de 100 milhões de euros”, afirmou António Costa, na abertura do debate quinzenal, que tem como tema a prevenção e contenção da epidemia Covid-19.
António Costa disse que, por enquanto, ainda não é conhecido o impacto que o surto terá na economia portuguesa, mas garante que as estatísticas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português, que serão divulgadas a 15 de abril, já vão refletir esse risco para 2020 e anos seguintes. O líder socialista disse ainda que a nível europeu estão a ser estudadas soluções para minimizar os efeitos desta epidemia.
“O Eurogrupo, que reuniu hoje por teleconferência está a monitorizar atentamente os desenvolvimentos económicos e financeiros, juntamente com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, havendo disponibilidade para utilizar toda a flexibilidade do Pacto de Estabilidade e Crescimento no sentido de haver uma resposta coordenada a nível europeu”, disse António Costa.
Apesar de o impacto para as empresas ser “reduzido”, António Costa garante que fará os possíveis para “salvaguardar os direitos laborais daqueles que, por razões de saúde pública, não possam ou não devam comparecer nos respetivos locais de trabalho, por decisão de uma autoridade pública, continuando a receber o seu salário, por inteiro, tanto no setor público como no setor privado”.
O primeiro-ministro afirmou ainda que “os meios inicialmente mobilizados têm sido progressivamente reforçados”. “Foram já ativados quatro hospitais de segunda linha e há já seis hospitais em estado de prontidão. Estão identificadas duas mil camas que podem ser disponibilizadas, 300 das quais em cuidados intensivos e são já oito os laboratórios habilitados a realizar testes ao novo coronavírus”, disse.
O governante sublinhou ainda que o SNS tem “reserva estratégica” de dois milhões de máscara e outras formas de proteção, a que se somam 1,6 milhões de máscaras da Cruz Vermelha. Estas destinam aos profissionais de saúde e pessoas infetadas, não sendo recomendado o uso generalizado por pessoas não-infetadas. Houve ainda um reforço de 20% do stock de medicamentos do SNS.
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