[weglot_switcher]

COVID-19. Portugal acompanha situação de Luis Sepúlveda hospitalizado nas Astúrias

As autoridades portuguesas já estão a tentar identificar os contactos próximos do escritor que esteve na Póvoa do Varzim em fevereiro. Até ao último boletim da Direção-Geral da Saúde, Portugal não registava nenhum caso confirmado de infeção por coronavírus.
1 Março 2020, 14h45

O escritor chileno Luis Sepúlveda, de 70 anos, está internado nas Astúrias depois de o teste ao coronavírus ter dado positivo este sábado. Segundo o jornal “A Voz das Astúrias“, os sintomas terão surgido no regresso de uma viagem a Portugal, onde participou no festival literário Correntes d’ Escritas, na Póvoa de Varzim.

A Direção-Geral da Saúde informa, este domingo, que se mantém “em contacto com as Autoridades de Saúde de Espanha”, tendo a Autoridade de Saúde da Região Norte iniciado no terreno a investigação epidemiológica”. Tal significa que estão a ser identificados os contactos próximos de Luís Sepúlveda e da sua mulher, que estiveram no nosso país entre  18 a 23 de fevereiro. A organização do festival criou, entretanto, “um grupo de acompanhamento”, que “seguirá todas as recomendações” das autoridades.

Segundo os dados da Direção Geral de Saúde, até às 18 horas do dia 29 de fevereiro, sábado, Portugal continuava sem nenhum caso confirmado de infeção por coronavírus (COVID-19). Há a registar  70 casos suspeitos, 67 dos quais tiveram resultado negativo após testes laboratoriais, aguardando-se resultados dos restantes.

“Tendo em conta a situação epidemiológica mundial, é necessário considerar a hipótese da importação de casos de doença de cidadãos provenientes da China ou de outras áreas com transmissão comunitária ativa”, salvaguarda a DGS, que coloca o risco para a saúde pública em Portugal em moderado a elevado.

Os dados da Direção-Geral da Saúde são atualizados por volta das 18h00, podendo ser consultados no site da instituição em: www.dgs.pt

O surto de Covid-19, que teve origem na China em dezembro, infetou já 85.641 pessoas em 58 países, das quais morreram 2.933. Os dados são reportados pela Organização Mundial de Saúde e referentes às 16h00 de sábado, 29 de fevereiro.

Fora da China verificam-se 4.906 casos de pessoas infetadas e 77 mortes em dez países/regiões: Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan. Os Estados Unidos reportaram ontem o primeiro óbito e a Austrália anunciou já este domingo a primeira morte, um homem de 78 anos, passageiro do cruzeiro colocado em quarentena no Japão onde também foram infetados dois portugueses. As últimas análises a um deles, Adriano Maranhão, deram negativo, confirmou à TVI a mulher do português. Mais de 700 casos de coronavírus foram identificados entre os passageiros e a tripulação do navio.

Na China, ‘berço’ da epidemia os casos confirmados subiram para  78,962, ascendendo o número de mortos a 2.791.

Já hoje, o Luxemburgo confirmou o primeiro caso de contágio. Trata-se de um homem de 40 anos que passou uns dias em Itália e está agora isolado com a família no Centro Hospitalar de Luxemburgo, segundo o jornal “Le Soir”. Este caso levou o aeroporto de Charleroi, o segundo mais importante na Bélgica, país que faz fronteira com o Luxemburgo, a ativar a fase três do plano de epidemia de saúde, o que significa a implementação de novas medidas, como a abertura de um centro de crise.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.