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CP pode gastar até 3,5 milhões de euros nos novos alugueres de comboios a Espanha

O presidente da CP comentou ainda a necessidade de cumprir aspetos burocráticos dos processos, assim como a “carteira muito robusta” de encomendas dos fabricantes de comboios, pelo que a “CP vai entrar na fila”.
  • Jose Manuel Ribeiro/Reuters
20 Agosto 2018, 13h49

A CP – Comboios de Portugal poderá gastar até 3,5 milhões de euros nos novos alugueres de seis a 10 comboios à operadora espanhola Renfe, a quem paga atualmente sete milhões de euros por ano por 20 composições.

Após uma visita às oficinas de Campolide, em Lisboa, Carlos Nogueira, presidente da CP, recordou que a transportadora paga atualmente 350 mil euros cada composição alugada à empresa espanhola.

Citando informações dadas pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, no local, Carlos Nogueira indicava a base de preços para o “reforço do aluguer entre seis e 10 composições” e tendo em conta os atuais 350 mil euros por unidade “durante o tempo que for necessário para as novas composições, no âmbito do concurso internacional que irá ser aberto”.

Assim, e mantendo-se estes valores, o aluguer de um máximo de 10 comboios poderá totalizar 3,5 milhões de euros.

O presidente da CP comentou ainda a necessidade de cumprir aspetos burocráticos dos processos, assim como a “carteira muito robusta” de encomendas dos fabricantes de comboios, pelo que a “CP vai entrar na fila”. “Daqui a três ou mais anos temos comboios [novos]”, acrescentou.

Durante esse período “importa reforçar o aluguer, que tem de ser com Espanha, que tem bitola [distância entre carris] ibérica” e é o único país que disponibiliza comboios a ‘diesel’, já que “cerca de um terço da infraestrutura” portuguesa está por eletrificar, referiu ainda.

O responsável sublinhou a importância de reforçar a componente da manutenção e reparação dada a vetustez do material circulante”.

“Temos material diesel, temos composições a fazer serviço com 62 anos e temos o nosso diesel restante com 50 e poucos anos. É muito tempo e exige uma manutenção permanente e contínua”, notou ainda o responsável, afirmando que os “problemas não são de hoje”.

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