O relatório da auditoria interna do Banco de Portugal (BdP) sobre a resolução do Banco Espírito Santo (BES) será o primeiro documento requerido pelo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, disse fonte do Bloco ao JE.
A CPI ao Novo Banco tomou posse esta terça-feira e tem 120 dias para concluir os trabalhos. Os deputados vão agora indicar as personalidades que serão chamadas ao Parlamento e definir uma estratégia de prioridades, isto é, determinar quem deve ser ouvido primeiro, sendo que, no caso do BE, o primeiro documento a ser pedido será a auditoria que o BdP mandou fazer sobre a resolução do BES, que aconteceu em agosto de 2014, durante a liderança do então Governador Carlos Costa.
Recorde-se que não é a primeira vez que o BE pretende ter acesso a este documento. Em setembro deste ano, um dia depois da entrega no Parlamento da auditoria da Deloitte ao BES/Novo Banco, Mariana Mortágua entregou um requerimento pedindo o acesso da Assembleia da República à auditoria interna do BdP, pedido que o supervisor, já liderado por Mário Centeno, rejeitou.
O requerimento apresentado por Mariana Mortágua surgiu na sequência de o primeiro ministro ter afirmado que já tinha pedido ao supervisor da banca a auditoria interna do BdP sobre a resolução do BES. No debate quinzenal de 7 de março de 2019, António Costa afirmou que “nós, o governo, solicitamos ao BdP o envio da auditoria e o BdP não nos revelou a auditoria. Pergunta-me se eu tenho curiosidade? Claro que tenho curiosidade. Todos temos curiosidade, qualquer português tem curiosidade”.
A posição do Executivo foi novamente reiterada pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, em conferência de imprensa, após a reunião do Conselho de Ministros de 3 de setembro deste ano.
Ao “Expresso”, o deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, que será um dos 17 deputados efetivos da CPI, disse na segunda-feira que também pretende “o relatório de avaliação ao Banco de Portugal na queda do BES, que Carlos Costa sempre se recusou entregar ao Parlamento”.
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