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Credit Suisse corta preço-alvo da Galp em 7% com ‘guidance’ abaixo do esperado

Apesar do corte no preço-alvo, o Credit Suisse explicou que tem uma recomendação de ‘Outperform’ para a Galp porque as ações oferecem um dos potenciais de ganhos mais elevados entre as empresas de energia na Europa. O próximo ‘trigger’ deverá ser o ‘Capital Markets Day’ em maio.
  • Galp
23 Fevereiro 2021, 17h55

O Credit Suisse juntou-se ao coro de casas de investimento que ficaram desiludidas com o guidance apresentado pela Galp Energia para 2021, com o banco suiço inclusive a cortar o target price para as ações da empresa portuguesa em 7% esta terça-feira.

“O guidance apresentado para 2021, que foi apresentado com os resultados do quarto trimestre, ficou abaixo do esperado, especialmente em relação à produção upstream”, sublinharam os analistas, em nota de research.

O Credit Suisse manteve a recomendação de ‘Outperform/Buy‘ para a petrolífera, mas cortou o preço-alvo para 13 euros por ação, o que compara com o anterior alvo de 14 euros e cotação atual de 9,208 euros.

Num comunicado em que apresentou um resultado líquido ajustado (RCA) de 42 milhões de euros de prejuízo em 2020, face a um lucro de 560 milhões de euros no ano anterior, a Galp reviu as estimativas para 2021, “incorporando maior prudência no que respeita à evolução macro e dos seur potenciais efeitos nas operações e resultados”.

A empresa prevê agora produção de petróleo total numa base working interest de entre 125 mil e 135 mil barris por dia este ano, face à média de 128,2 mil barris diários em 2020.

Os analistas do CaixaBank BPI, do Santander e do RBC Capital Markets também sublinharam que as metas ficaram aquém das expectativas. As ações da Galp perderam 1,12% na segunda-feira e 1,92% esta terça-feira.

O Credit Suisse adiantou que as restrições relacionadas com a Covid-19 poderão explicar as metas apresentadas pela Galp. “Enquanto alguns acham que a Galp gosta de ser prudente (e com o novo CEO poderá ser mais ainda), é provavelmente melhor ter precaução por que o progress em relação à Covid no Brasil é lento”.

Na primeira teleconferência com os analistas, o novo CEO Brown sublinhou que a empresa adoptou uma atitude de prudência em várias frentes, nomeadamento o investimento ‘capex’, líquido de alienações, de entre 500 milhões e 700 milhões de euros para este ano, o que motivou também um corte de 50% no dividendo em relação ao exercício de 2020 para 0,35 euros por ação e um objetivo de 0,50 euros para as contas de 2021.

Brown revelou ainda que a empresa vai realizar um Capital Markets Day em maio para dar ‘clareza’ aos investidores sobre a política de dividendos e outros assuntos como o plano de investimento nas renováveis.

Segundo o Credit Suisse, tal como as pares, a Galp deverá anunciar nesse event uma “optimização” pois não quer tentat “fazer tudo”.

“Tem uma fundação sólida, o negócio upstream tem custos baixos com longa duração como mais oportunidades de crescimento, e tem possibilidades de desenvolver o negócio de gás através do LNG no Brasil”, sublinhou.

O Credit Suisse explicou que tem uma recomendação de ‘Outperform’ para a Galp porque as ações oferecem um dos potenciais de ganhos mais elevados entre as empresas de energia na Europa.

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