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Crédito ao consumo volta a subir em janeiro

Crédito para a aquisição de automóvel desceu em janeiro quando comparado com o mesmo mês de 2018. Mas o crédito ao consumo e os gastos com cartões de crédito e descoberto com juros continuam a crescer.
15 Março 2019, 16h13

O crédito ao consumo voltou a subir em termos homólogos em janeiro deste ano, crescendo 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No mês em referência, foram pedidos novos créditos no montante de 248 milhões de euros.

Tendência de crescimento revela-se também, segundo dados oficiais do Banco de Portugal, em relação ao crédito contraído por via de cartões de crédito e pela capacidade de saque a descoberto (com prazos superiores a um mês, ou seja, com juros). Nesta vertente, e em janeiro passado, o acesso a crédito por esta via atingiu os 96 milhões de euros – um crescimento da ordem dos 4,7% em relação ao registado em janeiro de 2018.

Só na concessão de crédito automóvel se verificou uma diminuição dos pedidos de crédito. Neste particular, os portugueses pediram em janeiro 222 milhões de euros, o que representa uma diminuição homóloga da ordem dos 2,9%.

Em termos de crédito ao consumo, e em janeiro passado, os portugueses que pediram dinheiro com a finalidade de financiar a educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos gastaram um pouco mais de 5,1 milhões de euros – o que representa um crescimento de 43,5% em relação a período homólogo do ano passado. Mas é o crédito indiferenciado que continua a somar o grosso do crédito ao consumo, com um agregado de mais de 238 milhões de euros – mas, neste particular, a variação homóloga foi de apenas mais 0,9%.

Várias entidades têm vindo a chamar a atenção para o facto de o crédito ao consumo estar novamente a atingir valores alarmantes – sem que as instituições financeiras coloquem os devidos travões nos avatares consumistas dos portugueses.

A questão tem preocupado alguns responsáveis, nomeadamente no que se refere aos níveis de aquisição de automóveis novos – uma fatia importante no que diz respeito às importações, que estão novamente a crescer muitos pontos percentuais acima das exportações, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

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