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Crédito bancário representa 14% do PIB de Angola

Manuel Nunes Júnior pediu apoio aos bancos comerciais para que o crédito à economia aumente e para que Angola entre numa rota de rápido crescimento económico.
23 Janeiro 2019, 14h48

O crédito bancário ao setor privado angolano representa apenas 14 % DO PIB (102 mil milhões de dólares), valor muito abaixo se comparado com outras realidades, afirmou o ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social.

Manuel Nunes Júnior, que falava esta quarta-feira, na Conferência sobre Financiamento ao Setor Privado, pediu apoio aos bancos comerciais para que o crédito à economia aumente e para que Angola entre numa rota de rápido crescimento económico, aumentado a produção nacional, emprego e rendimentos dos angolanos.

Em comparação, o governante apontou países como Brasil, África do Sul e Marrocos, onde o peso do crédito à economia no PIB atinge valores superiores a 50%.Dado o baixo valor do crédito sobre o PIB, o ministro referiu que ainda existe muito espaço para o crescimento do financiamento dos bancos à economia deste país africano.

O Banco Nacional de Angola realizou um estudo em que identificou os principais constrangimentos para concessão de crédito, pelos bancos comerciais ao setor privado, quer do lado da procura, quer do lado da oferta. Este estudo, aponta que, do lado da procura, i.e. para os tomadores dos empréstimos, os principais constrangimentos são as elevadas taxas de juro e as garantias exigidas pelos bancos.

Do lado da oferta, ou seja do lado dos bancos comerciais, os principais constrangimentos encontrados são a falta de contabilidade organizada nas empresas e o baixo nível de literacia financeira.

Para o ministro de Estado, tais constrangimentos podem e terão de ser “removidos” para que o crédito possa fluir na economia, tendo o Estado um papel importante a jogar.

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