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Credores aprovam (à justa) plano de recuperação da Soares da Costa

Apesar do veto do maior credor, a Caixa Geral de Depósitos, a proposta de recuperação da construtora foi aprovada com 51% dos votos. A Soares da Costa entrou em insolvência no verão passado.
Lisboa 17/08/2011 – António Costa Henriques, CEO do Grupo Soares da Costa durante a Apresentação dos resultados semestrais do Grupo Soares da Costa.
7 Fevereiro 2017, 11h05

Os credores da Soares da Costa aprovaram o plano de recuperação da empresa apresentado pela administração liderada por Joaquim Fitas, segundo informações a que o Público teve acesso. A votação foi tangencial, já que apenas 51,08% dos credores votaram favoravelmente, mas permite a recuperação da construtora. A Soares da Costa está num processo de insolvência desde agosto do ano passado e tem como principal credor a Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Quase todos os créditos reclamados (98%) votaram, sendo que a CGD tem cerca de 30% do peso dos créditos e votou contra a proposta da administração da Soares da Costa. Apesar disso, o plano de recuperação passou o primeiro teste. “Foi sobretudo a mobilização de fornecedores e trabalhadores que permitiu que este processo de viabilização possa ir para a frente”, explicou o administrador de insolvência no processo, Pedro Pidwell, em declarações ao Público.

A proposta tem agora de ser homologada pelo juiz responsável pelo processo num prazo de dez dias. Fonte oficial da construtora afirmou ao diário que “a Soares da Costa regozija-se com a aprovação clara do plano de viabilização que apresentou”, apesar de ainda ter de esperar pela aprovação final. “Desta forma acreditamos que é possível viabilizar uma marca centenária e que tem grande impacto na economia e na criação de empregos”, acrescentou.

O plano de recuperação da Soares da Costa propõe um perdão de 75% da dívida de 696,7 milhões de euros em créditos reclamados à banca, bem como o perdão de 35% das dívidas contraídas em moeda angolana. O pagamento do valor remanescente seria pago em 18 anos, de acordo com o plano. A administração compromete-se ainda em alienar alguns ativos no primeiro semestre deste ano, incluindo negócios em Moçambique e os 4% que detém na subconcessionária que gere a auto-estrada Transmontana.

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