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Criação de novos negócios no pós-pandemia é uma das prioridades do tecido empresarial mundial

Segundo os resultados da McKinsey & Company, as empresas olham nestes novos desenvolvimentos a possibilidade de aumentar o seu crescimento orgânico, atenuando os efeitos das perturbações e adaptando-se às necessidades em mudança dos seus clientes e ao ritmo do próprio mercado.
21 Julho 2021, 16h19

Cinco em cada dez executivos consideram o desenvolvimento de novos negócios como uma prioridade para crescer no pós-pandemia.

De acordo com um inquérito da McKinsey & Company realizado a 800 executivos de empresas de diferentes sectores e regiões, 52% dos inquiridos priorizam o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou novos modelos de negócio, além de colocarem no topo da agenda a diversificação das receitas. Segundo os resultados, as empresas olham nestes novos desenvolvimentos a possibilidade de aumentar o seu crescimento orgânico, atenuando os efeitos das perturbações e adaptando-se às necessidades em mudança dos seus clientes e ao ritmo do próprio mercado.

Embora a pandemia tenha desacelerado a tendência de criação de novos negócios, o compromisso com o crescimento orgânico já se destacava e cerca de 74% das empresas que fizeram esta aposta cresceram acima da média nos seus sectores. Adicionalmente, de acordo com a análise, entre o grupo de empresas que já impulsionaram o crescimento orgânico, há um pequeno grupo de companhias que mostram taxas de sucesso duas vezes mais altas do que as start-ups com grande potencial (24% contra 8%, respetivamente).

À luz desta tendência, acelerada pelo efeito da pandemia, a McKinsey prevê que uma nova onda de inovação possa ser impulsionada pelo aumento do empreendedorismo, à medida que mais empresas adotam a abordagem de criar novos negócios, produtos e serviços dentro das suas organizações.

O estudo revela ainda que ter uma estratégia de desenvolvimento de negócios já provou ser uma boa oportunidade para as empresas durante os tempos da pandemia, em 2020. Segundo os resultados, 34% das empresas que priorizaram o desenvolvimento empresarial não experimentaram alterações descendentes e até tiveram uma melhoria no crescimento.

No entanto, a captação do valor do crescimento resultante do desenvolvimento de novos negócios parece ainda estar reservada a um pequeno segmento de empresas. Questionados sobre negócios viáveis, de grande escala, desenvolvidos nos últimos dez anos, os inquiridos afirmaram que 66% destes foram criados por 20% das empresas tradicionais. As taxas de sucesso, a longo prazo, das novas empresas também são moderadas. De acordo com a pesquisa, apenas 24% dos novos negócios criados em grandes corporações se tornam empresas viáveis de grande escala.

O estudo indica ainda que os desafios do desenvolvimento de negócios residem na escala (obtenção de uma penetração significativa e rentável entre os clientes num mercado-alvo) e na aposta, adaptando continuamente o guião de desenvolvimento à mudança das condições do mercado e aos constrangimentos internos. De facto, de acordo com o inquérito, 30% dos negócios que falham não correspondem às expectativas de crescimento, precisamente devido a perturbações inesperadas no mercado e no próprio ambiente empresarial.

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