A CTT Imo Yield detida pelos CTT, passará a ser gerida por uma entidade gestora do universo empresarial da Sierra Investments, segundo a comunicação publicada no site da Autoridade da Concorrência.
Tal como anunciado em maio, os CTT e a Sonae Sierra SGPS, “multinacional que opera de forma integrada no negócio imobiliário”, assinaram um acordo para a criação de um veículo de investimento “inovador, estratégico e de longo prazo, dedicado à gestão do património imobiliário dos CTT, que inclui cerca de 400 imóveis de logística, retalho e uso misto, distribuídos por todo o território nacional”.
Os CTT – Correios de Portugal informaram nessa altura o mercado que celebraram um Contrato de Compra e Venda de Ações (SPA) com a Sierra Investments SGPS relativamente a uma participação no Portefólio de Rendimento dos CTT que será transferido para a CTT Imo Yield (que é o veículo ou o SPV).
No mesmo comunicado é dito que os CTT manterão a maioria do capital de um novo veículo que vai ser criado para gerir o património imobiliário da empresa liderada por João Bento, estando prevista a participação de investidores financeiros e “family offices” através de subscrição particular, “em princípio até 30%, incluindo a participação de 3,6% da Sierra”.
Após a conclusão da transação, os CTT irão consolidar integralmente a CTT Imo Yield.
A empresa liderada por João Bento diz que a sociedade recentemente constituída e integralmente detida pelos CTT que atualmente não dispõe de atividade irá receber um conjunto de ativos imobiliários dos CTT e dos CTT Expresso – Serviços Postais e Logística e será convertida num organismo de investimento alternativo imobiliário “sob forma societária de capital fixo heterogerido e de subscrição particular”.
Na ficha técnica, a Sonae Sierra surge como adquirente da CTT Imo Yield. No entanto, tal como divulgado em maio, os CTT celebraram um SPA (contrato de promessa) com a Sierra, segundo o qual a Sonae Sierra irá adquirir uma participação de 3,6% por 5 milhões de euros (assumindo o carve-in de todos os imóveis do Portefólio de Rendimento) no veículo.
“Prevê-se que o veículo seja convertido numa sociedade de investimento de capital fixo imobiliário (SICAFI)”, revela a empresa. Após a conversão, a Sierra será nomeada como gestora do portefólio de rendimento e como sociedade gestora da SICAFI.
Em causa está o Portefólio de Rendimento dos CTT que é composto por 398 ativos “com mais de 240 mil metros quadrados de área bruta locável total com uma avaliação acordada da transação de 139 milhões de euros (inclui o earn-out de 2,6 milhões)”. O portefólio inclui ativos imobiliários de diversas tipologias, como retalho, logística, escritórios e outros, em localizações prime e secundárias em Portugal, estando mais de 50% do seu valor concentrado nos distritos de Lisboa e Porto. Estes ativos fazem parte das atuais e futuras redes de logística e de retalho dos CTT, revela a empresa.
“Juntamente com o investimento da Sierra, investidores adicionais, tanto institucionais como family offices, irão adquirir uma participação de 26,5% representando um investimento de 37 milhões – sujeito à respetiva adesão à documentação contratual que é condição precedente de um investimento mínimo de 30 milhões por novos investidores, excluindo a Sierra”, revelaram na altura os CTT em comunicado.
A Sonae Sierra é uma sociedade controlada exclusivamente pela Sonae SGPS, “holding de um grupo que agrega um conjunto vasto de participações em empresas com atividades centradas, primordialmente, nos negócios da distribuição de base alimentar e não-alimentar, na prestação de serviços financeiros a consumidores, no setor das telecomunicações e audiovisual, bem como tecnologias de informação e software”.
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