Prosseguem, tranquilamente, os crimes ambientais, de abate de sobreiros para a construção de parques fotovoltaicos de grande extensão de terreno, no nosso país, em particular, no Alentejo.
Acelerando a desertificação daqueles territórios.
Aprovados, com o compromisso de plantação de novos sobreiros, noutras áreas do país.
Estabelecendo uma correlação falaciosa entre estes dois projectos de investimento.
Ignorando os anos que um sobreiro demora a crescer.
Aumentando a capacidade instalada, que já é excessiva, de produção intermitente de energia eléctrica.
Penalizando todo o nosso sistema produtivo, em particular, a indústria.
Suportado pelo lobby das energias renováveis, constituído por indivíduos muito ricos, que enriqueceram à custa de todos nós, cidadãos e empresas, com preços de venda da energia elevados e garantidos.
Entretanto, o programa de utilização de painéis fotovoltaicos, para a produção de energia eléctrica, em ilhas de produção e auto – consumo, avança a passos de caracol, com verbas ridículas atribuídas pelos fundos estruturais.
Contam-se pelos dedos os parques industriais com investimentos relevantes nestes projectos, por parte de empresas de energias renováveis.
As rentabilidades não são tão atractivas.
Os nossos ambientalistas, que contestam a exploração de lítio no Norte do país, porque degrada a paisagem e o património natural daquela região, afectando potenciais desenvolvimentos turísticos, no futuro, estão em completo silêncio em relação a estes parques fotovoltaicos de grande extensão.
Cujo impacto na paisagem e na natureza, é muito maior.
E em áreas com muito maior potencial turístico.
O silêncio dos nossos responsáveis florestais, que assistem impávidos à destruição de espécies autóctones, só é explicável, também, pela dimensão do lobby das energias renováveis.
Que mantém uma propaganda intensa e constante sobre as vantagens doi incremento da capacidade instalada destas fontes de energia intermitente, escondendo os seus efeitos negativos.
Com enormes prejuízos para todo o país, actuais e futuros.
Mas tenho poucas esperanças que os nossos líderes políticos, tenham coragem para os enfrentar, pugnando por uma política energética racional, que promova o crescimento, em particular da nossa indústria, pela conservação das nossas florestas tradicionais e pela preservação efectiva da nossa paisagem.